Pente-fino na fronteira com o Paraguai prende 6 em flagrante e apreende 13 armas e 5 veículos. Vai vendo!

Uma verdadeira operação pente-fino na fronteira do Brasil com o Paraguai realizada por unidades das polícias Militar e Civil de Mato Grosso do Sul em conjunto com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) resultou na prisão de seis homens em flagrante e na apreensão de 13 armas de fogo e cinco veículos. O operativo, de acordo com fontes ouvidas pelo Blog do Nélio, foi motivado pela execução do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, com 30 tiros de fuzil AK-47, no último dia 6 de março em Ponta Porã (MS).

Participaram do pente-fino policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e SIG de Dourados. A ação em conjunto entre forças policiais brasileiras e paraguaias aconteceu na região de Ponta Porã, Sanga Puitã (Brasil) e Sanja Pitã (Paraguai) e contou com o apoio de um helicóptero do GPA – Grupo Patrulhamento Aéreo da Polícia Militar.

Segundo o balanço final obtido com exclusividade pelo Blog do Nélio, o Denar apreendeu uma pistola Glock 9 mm e uma BMW brindada, além de prende um por posse ilegal de arma de uso restrito, enquanto o Bope prendeu um por posse irregular de arma de fogo e apreendeu um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 12 e uma pistola 380 com número raspado, a Defron prendeu um por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e apreendeu um revólver calibre 38 e o SIG de Dourados prendeu um por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e apreendeu uma espingarda calibre 12, uma espingarda calibre 22, uma pistola calibre .40, duas pistolas calibre 9 mm, três revólveres calibre 38, um colete, duas caminhonetes, um jet ski e uma motocicleta.

PCC

O assassinato do policial civil sul-mato-grossense Wescley Dias Vasconcelos, em Ponta Porã (MS), teria sido ordenado pela célula da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) que opera no Paraguai. De acordo com informações da Polícia Nacional do Paraguai, o policial civil executado tinha, horas antes de ser morto, coletado as impressões digitais dos seis integrantes do PCC presos no mesmo dia em Pedro Juan Caballero para comparar com as impressões dos procurados pela Polícia em Mato Grosso do Sul.

O ataque brutal ocorreu na terça-feira (06) no Bairro Reno, em Ponta Porã, onde uma célula do PCC em um veículo Honda Civic abriu fogo contra o automóvel onde estava o policial civil, que tinha acabado de chegar a coleta das impressões digitais. O ataque foi perpetrado com poderosos fuzis AK-47, calibre 7,62 mm, e os tiros mataram o investigador da polícia civil Wescley Dias Vasconcelos, conhecido como “Baiano”, e feriu uma funcionária da Justiça que estava acompanhando o agente.

O ataque ocorreu a 2.500 metros da linha internacional que separa o Paraguai do Brasil e a 4.500 metros da Direção da Polícia do Departamento de Amambay, uma propriedade de onde o Departamento de Investigação opera um escritório do qual o investigador brasileiro tinha colhido as impressões digitais dos seis integrantes do PCC que foram presos após duas incursões simultâneas realizadas em Pedro Juan Caballero.

Nessas operações, foram presos os brasileiros Lucas Ferreira da Silva, Raimundo Alfonzo de Carvalho, Víctor Fernandes de Sousa, Leonardo Caio dos Santos, Wellington dos Santos Martines e Isaac da Silva Prado. A missão do policial civil assassinado era verificar as impressões digitais dos criminosos detidos no Paraguai para descobrir suas verdadeiras identidades e fornecer à Polícia Nacional os mandados de prisão pendentes de cada um.

Elementos da Polícia do Paraguai indicaram que tudo sugere que o agente brasileiro já estava na mira do PCC por algum tempo, já que ele estava encarregado de registrar os criminosos do Brasil presos no lado paraguaio. Além disso, o policial participou de várias operações de recuperação de veículos roubados, o que, por sua vez, levou à prisão de membros do PCC.