A situação da segurança pública de Campo Grande (MS) deve estar às mil maravilhas e a Polícia Militar não deve estar tendo trabalho com os criminosos mais. Essa é a única explicação para que uma guarnição da PM implicasse com um músico que tocava trompete em frente a um prédio de luxo na Rua Antônio Maria Coelho, próximo a uma das entradas do Parque das Nações Indígenas.
Policiais militares, acionados por um morador do edifício, foram ontem (06) até o músico Raphael Clementino Martins, conhecido dos campo-grandenses por tocar sozinho seu trombone em alguns espaços públicos da Capital, para impedi-lo de continuar tocando no local.
Segundo informações do próprio músico, os dois PMs alegaram que um vizinho ligou reclamando do barulho e lhe pediram para parar de tocar. Mesmo após argumentar que não estava infringindo a lei municipal porque os decibéis do trombone são baixos e era no período diurno, os policiais militares falaram que caso ele voltasse a tocar seria conduzido à delegacia.
De acordo com a tabela da Lei Municipal N°. 2.909/1992, ainda vigente, o mínimo de decibéis permitido no período diurno, das 6 às 18 horas, é de 55 e o máximo 70. O músico alega que seu instrumento não ultrapassa os 20 dB, porém, não houve medição para saber se o barulho ultrapassou o estabelecido pela legislação.
Agora, Raphael Clementino Martins está receoso em voltar a tocar no local, temendo ser conduzido para a delegacia pelos policiais militares. Enquanto isso, os verdadeiros criminosos estão soltos nas ruas, matando, roubando, estuprando e cometendo todo tipo de atrocidades.
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