“Partidos e quebrados”: MDB e PT de MS, que já foram gigantes, saem das eleições no “vermelho”

As últimas eleições deixaram um saldo negativo para outrora grandes partidos políticos de Mato Grosso do Sul, que perderam nas urnas e também nos cofres dessas referidas siglas partidárias. Esse é o caso do MDB, PT e PTB, cuja situação financeira está no “vermelho” devido ao pífio desempenho, que resultou em perda de recursos e muitos estão parcelando débitos, que chegam a R$ 400 mil, enquanto outros demitiram funcionários para que não acumulem mais despesas, já que também estão com dívidas trabalhistas e com ações na Justiça.

O MDB, do ex-governador André Puccinelli, demitiu em outubro do ano passado todos os funcionários do Diretório Estadual para que não ficasse com ônus, pois não sabe quanto vai receber neste ano. Em 2018, de acordo com o próprio partido, o montante recebido foi de R$ 112 mil mensais, porém, a chance de alcançar esse valor em 2019 é pequena, isso porque a sigla não elegeu nenhum deputado federal e a cota partidária é destinada aos diretórios estaduais e municipais de acordo com a representação da sigla na Câmara dos Deputados.

Outro partido que está em situação de emergência é o PT e, também de acordo com a própria legenda, a dívida é de, aproximadamente, R$ 400 mil, que já foi parcelada, incluindo pendências com FGTS, INSS e funcionários. Zeca do PT declarou que parte dos valores que vieram do fundo de campanha de 2018 foi utilizada para pagar pendências antigas.

Já o PTB, um dos mais antigos, que tem fundação datada do dia 15 de maio de 1945, está com rombo, no que diz respeito às dívidas trabalhistas. De acordo com a sigla, após a saída do senador Nelson Trad Filho do comando, o deputado e atual presidente do partido, Neno Razuk, assustou-se ao se deparar com os débitos. O deputado não quis divulgar valores, mas salientou que é um volume considerável. Razuk conseguiu R$ 15 mil, com o diretório nacional, para pagar salários de funcionários que estavam atrasados.

No ano passado, o PTB recebeu de R$ 10 mil a R$ 20 mil por mês, em 2018, mas que neste ano o valor deve cair para R$ 5 mil a R$ 6 mil mensais. O PTB tem, aproximadamente, 12 mil filiados e não elegeu nenhum deputado federal nas eleições de 2018. De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PTB nacional recebeu R$ 2.674.755,57 em janeiro de 2019.