Paraguai começa a devolver traficantes para o Brasil. “Capilo” deverá chegar no início do ano

O narcotraficante brasileiro Carlos Antonio Caballero, mais conhecido como “Capilo”, que tinha sido capturado no Paraguai em 2009 juntamente com o também narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, cumpriu, no último dia 27 de dezembro, sua condenação de 7 anos de prisão no país vizinho e deve ser extraditado para o Brasil.

A decisão está agora nas mãos do juiz Tadeo Fernandes, que já recebeu da acusação o pedido de contagem final da pena. Na prática, a extradição de Capilo abre caminho para a extradição de Pavão, que é uma solicitação antiga da Justiça do Brasil.

Capilo foi capturado juntamente com Jarvis Chimenes Pavão em 27 de dezembro de 2009 durante operação da Polícia na área do Hotel Yby Yaú, no Departamento de Concepción, no Paraguai. Ele recebeu uma sentença de sete anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, violação da lei de porte de armas e associação criminosa, enquanto Jarvis Pavão foi condenado a 8 anos de reclusão pelos mesmos crimes.

O cumprimento do pedido de extradição do traficante ao Brasil está sujeito à conclusão dos crimes cometidos por ele no Paraguai. Por esse motivo, o promotor de Assuntos Internacionais do Paraguai, Manuel Doldán, advertiu ao juiz de instrução penal Miguel Tadeo Fernandez sobre o fim da sentença de sete anos imposta pela Justiça do país vizinho.

Posteriormente, o juiz explicou que oficiou o Ministério Público como um órgão que promove a cooperação jurídica internacional explique o processo de implementação da extradição. Fernandez disse que recebeu o pedido de cálculo final do processo e vai encaminhar ao Tribunal de Concepcion, onde Capilo foi julgado e condenado.

Em julho de 2011, durante sessão, o Tribunal Criminal julgou procedente a extradição de Capilo e Pavão, que tinha sido rejeitada em primeira instância pelo juiz Tadeo Fernández. A Justiça do Brasil informou que ambos são procurados por tráfico de cocaína, armas e munições, sendo que Capilo ainda teria “exportado” pistoleiros de Pedro Juan Caballero, região de fronteira, para cumprir no território brasileiro as execuções ordenadas pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando Capital).