Pague Menos só no nome! “Pague mais”: Farmácia é flagrada por divergência de preços e acaba autuada

A “febre” de abertura de farmácias da Rede Pague Menos em Campo Grande (MS) induz o consumidor a acreditar que nesses estabelecimentos realmente estará pagando preços menores por medicamentos. No entanto, parece que não é bem assim e a equipe de fiscalização do Procon acabou por flagrar uma dessas drogarias cobrando valores bem acima do legal.

Os fiscais do órgão de defesa do consumidor autuaram a unidade da Rede Pague Menos localizada na Rua da Divisão, no Bairro Jardim Parati, por apresentar divergência de preços e promoções enganosas. Além disso, o estabelecimento tinha várias irregularidades contra o consumidor.

No primeiro caso, o texto promocional da embalagem de um kit de produtos para proteção solar e limpeza de pele dizia “Compre 1 Neostrata Minesol Oil Control Serum por R$ 83,98 e ganhe 1 Neostrata Oil Control Intensive Cleanser”. Porém, na gôndola o protetor solar tinha valor individual de R$ 79,99, não tendo gratuidade na unidade de gel de limpeza, que saia por R$ 3,99.

Já no texto da embalagem do kit promocional “Cuidado com a pele oleosa” oferecido por R$ 79,99 prometia “compre 1 Protetor Solar Episol FPS60 com cor e ganhe 1 sabonete líquido Epidac OC”. Contudo, pelo preço da gôndola a unidade do protetor solar deveria custar apenas R$ 68,49. Assim, esse kit também não manteve a gratuidade ofertada.

Além disso, tinha divergência no preço individual do protetor solar registrado no caixa por R$ 78,73 em lugar dos R$ 68,49. Um kit de aparelhos de barbear descartáveis, que apresentava na embalagem a oferta “4 aparelhos de barbear + grátis 1 aparelho Vênus”, custou no caixa R$ 34,99, enquanto uma embalagem de quatro aparelhos descartáveis do mesmo tipo custava apenas R$ 25,99. Desse modo, o aparelho Vênus não foi item gratuito e teve o custo de R$ 9,00.

Segundo o Procon, a colocação de produto em promoção por estar próximo do vencimento na mesma prateleira de itens com valor tradicional também induzia o consumidor em erro por informações confusas e sem clareza. Uma solução bucal, que fora da promoção deveria custar R$ 24,49, foi registrada no caixa como R$ 29,49, mas, embora estivesse para vencer, não continha a etiqueta diferenciada do preço promocional de R$ 17,14. Assim, em vez de “pagar menos” o cliente pagaria muito mais que o preço do produto longe do vencimento.

Os fiscais também encontraram o caso de creme dental de 70g, ofertado por R$ 8,29, porém registrado no caixa a R$ 11,99. Gluconato de zinco com 90 comprimidos, ofertado a R$ 23,99, custou no caixa R$ 48,65. Pomada de bepantrix, com 30g, ofertada a R$ 12,65 foi precificada no caixa por R$ 18,06. Sachês de sal de frutas sabor limão, com valor de R$ 3,05, foram registrados a R$ 3,08.

A equipe do Procon Estadual constatou também a venda de produtos para alimentação infantil com prazo de validade expirado, que foram descartados no local. Ou seja, o estabelecimento levou a sério a política de quanto pior, melhor e o consumidor que arcasse com os custos.

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