Outra “treta” do Trutis! Após atentado, deputado usa tribuna e diz que o crime comanda a política de MS

Mais uma treta do deputado federal Loester Trutis (PSL/MS), o “Tio Trutis”. Após ter sido alvo de um suposto atentado ocorrido na BR-060, quando ele se dirigia de Campo Grande (MS) para Sidrolândia (MS), o “nobre” parlamentar ligou a habitual “metralhadora giratória” e atirou para tudo que foi lado durante pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados, atingindo, principalmente, os colegas da Casa de Leis oriundos de Mato Grosso do Sul.

Ele iniciou o pronunciamento na tribuna da Casa de Leis contando aos colegas de parlamento narrando o incidente. “Eu e minha equipe sofremos uma emboscada e o nosso veículo foi alvejado nove vezes. Com a graça de Deus, com a habilidade do meu motorista e graças à pistola 380 a qual portava, eu estou vivo. Os tiros disparados de uma submetralhadora .40 tinham a única intenção de alvejar a minha cabeça”, disse.

Em outro trecho do discurso, ele aproveitou para atacar os colegas e afirmou que a classe política do Estado estaria ligada ao crime organizado há mais de 30 anos. “Há 30 anos, o crime organizado tem uma forte relação com políticos de Mato Grosso do Sul. O crime organizado financia a política e agora tenta calar os deputados que se opõem e a Polícia que se opõem a esses desmandos”, afirmou, sem citar nomes ou apresentar provas.

Repercussão

A reportagem da TV Morena procurou ouvir os colegas sul-mato-grossenses de Tio Trutis na Câmara dos Deputados e a deputada federal Rose Modesto (PSDB/MS) disse que nunca teve qualquer campanha financiada pelo crime organizado e que, caso o colega tem informações sobre o assunto, deveria informar a Justiça. O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS) declarou que não adianta fazer denúncias sem dar nomes aos bois e que o assunto deve ser tratado com seriedade.

O deputado federal Luiz Ovando (PSL/MS) falou que desconhece qualquer informação que possa dar subsídio à denúncia do colega de partido, enquanto a deputada federal Bia Cavassa (PSDB/MS) comentou que o parlamentar cometeu uma grande injustiça em sua fala ao colocar em dúvida a idoneidade dos colegas do Estado e também afirmou que nunca foi bancada, sustentada ou custeada por qualquer organização criminosa clandestina e ilegal. “Ele precisa fazer denúncias de forma clara, direta e objetiva”, declarou.

Já o deputado federal Fábio Trad (PSD/MS) completa que o colega parlamentar precisa revelar os nomes dos políticos que são financiados por criminosos, pois, sem nomes e sem provas as denúncias não têm consistência e são vazias. O deputado federal Beto Pereira (PSDB/MS) reprova qualquer tipo de atentado contra parlamentar ou pessoa comum e que as denúncias feitas por Loester Trutis na tribuna da Casa de Leis citando parlamentares, governadores e diversas outras pessoas precisam ser provadas. “Não se pode fazer denúncias vagas e esperamos que sejam apresentados os nomes e as provas do que foi dito por ele”, finalizou.

E a nossa Assembleia Legislativa? Será que os deputados estaduais não vão falar nada?