Omertà: Vereador, Name e o filho viram réus pelo crime de extorsão. Uma novela sem fim!

Após não conseguir se reeleito para a Câmara Municipal de Campo Grande na eleição do último dia 15 de novembro, o vereador Ademir Santana (PSDB) agora sofre outro revés: o juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, da 2ª Vara Criminal, recebeu a denúncia de extorsão contra ele na aquisição ilegal de um imóvel no Bairro Jardim São Bento apontada pela “Operação Omertà”, que investiga os crimes cometidos por grupo de milícia armada responsável por várias execuções na Capital.

Além disso, também viraram réus por extorsão os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho, que estão presos desde o dia 27 de setembro de 2019, bem como Juanil Miranda Lima, que atualmente está foragido da Justiça, Euzébio de Jesus Araújo e Benevides Cândido Pereira. O magistrado recebeu a denúncia que aponta o crime cometido por Ademir Santana por uma vez em meados de 2016.

Para o juiz, foi satisfatória a maneira como os fatos foram narrados e a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) preenche os requisitos. Além disso, há indícios suficientes da autoria dos crimes. Agora, os réus têm 10 dias para apresentarem resposta à acusação. Conforme o Gaeco, a partir da apreensão de um arsenal e uma residência no Jardim São Bento, em Campo Grande, foram identificados como proprietários do imóvel Jamil Name e Jamil Name Filho.

No entanto, as investigações apontam que a casa teria sido adquirida por meio de crimes graves envolvendo os agora réus no processo. Conforme a denúncia, entre 2012 e 2013, Jamil Name Filho teria emprestado dinheiro a um homem e depois teria cobrado valor excessivo. Isso teria perdurado até meados de 2016, quando cheques foram repassados pela vítima, enquanto isso, em 2014 os dois teriam celebrado acordo para adquirirem uma propriedade.

No entanto, a vítima acabou figurando sozinho na negociação e assumiu a responsabilidade, tendo prejuízo financeiro e endividamento. Por não poder pagar as dívidas, ele passou a ser cobrado junto com a esposa, sendo vítima de extorsão. Assim, entram na denúncia Juanil, Euzébio e Benevides que teriam feito tais cobranças mediante ameaça.

Em 2015, mediante ameaça de morte utilizando uma arma e um taco de beisebol, o grupo teria conseguido a transferência dos direitos e posse da propriedade adquirida pela vítima. Já em 2016, junto com o vereador Ademir Santana, o grupo novamente constrangeu o casal, obrigando a transferência do imóvel localizado no Jardim São Bento. A vítima também teria sido obrigada a se mudar de Campo Grande. Com informações do site Midiamax