Olho por olho, bala por bala: Traficante Pavão pede à Justiça para acompanhar velório e enterro do irmão

A defesa do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso em Assunção, capital do Paraguai, entrou na Justiça com o pedido de permissão para que o cliente seja liberado para acompanhar o funeral do irmão, Ronny Jarvis Pavão, executado ontem (14/03) em Ponta Porã (MS), por dois pistoleiros.

A juíza de execução penal Yolanda Morel, que substitui Ana Maria Llanes, declarou que a licença solicitada pelo narcotraficante Jarvis Pavão é uma “matéria administrativa” e que aqueles que devem dar a permissão são os responsáveis ​​pelo Departamento de Institutos Correcionais, cujo diretor é Julio Aguero.

A advogada de Jarvis Pavão, Laura Casuso, disse que lançou a bola, pois, como o seu cliente está sendo mantido preso no Grupo Especializado e não no Presídio de Tacumbú, mas, aparentemente, a responsabilidade recai ainda sobre a Execução Penal. Ela também aproveitou para criticar o que considera a indiferença das decisões judiciais de acordo com “a cara do cliente”.

A advogada informou que agora vai insistir junto às autoridades para obter a permissão para que seu cliente viagem para Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã. O medo de fuga é a principal razão para a dificuldade de a Justiça autorizar Pavão de ir ao velório de seu irmão Ronny.

O crime

Dois homens armados mataram, nesta terça-feira (14/03), em Ponta Porã (MS), o irmão do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso em Assunção, na capital do Paraguai. Ronny Jarvis Pavão foi assassinato quando passava em frente a um ginásio da cidade.

Os pistoleiros estavam em uma motocicleta e aproximaram-se do irmão de Pavão, quando ele fazia sua caminhada habitual. A execução ocorreu por volta das 19h40 na Rua General Osório, no centro de Ponta Porã.

De acordo com as informações iniciais, Ronny costumava fazer caminhada no centro da cidade. Durante a caminhada ao longo da referida rua foi atingido por dois homens armados que estavam em uma motocicleta, cujas características são desconhecidas.

Os assassinos abriram fogo com pistolas de 9 mm, sendo que Ronny foi atingido no peito e na cabeça, morrendo instantaneamente. No momento, a Polícia brasileira está realizando várias incursões em busca dos dois assassinos, mas até agora não houve irmão-javis3resultados positivos.

Enquanto isso, a polícia de Amambay está em alerta máximo e estão cobrindo, na medida do possível, a longa avenida que serve de fronteira entre Brasil e Paraguai. Essa execução poderá desencadear uma série de assassinatos na região de fronteira, sendo possível até começar uma guerra entre as facções criminosas rivais, deixando um rastro de mortos.

Coincidentemente nessa quarta-feira completa 9 meses da mote de Jorge Rafaat, um dos grandes rivais de Pavão, que foi executado numa ação cinematográfica no centro de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, inclusive com o uso de uma metralhadora .50 que acabou furando o carro blindado de Rafaat lhe matando na hora.

O crime foi atribuído a Pavão e muito especulado pela mídia.