O Paraguai está infestado de bandidos brasileiros em facções: uns são presos e outros escapam…

Dois presos ligados à facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) fugiram, na noite de ontem (16), do Agrupamento Especializado da Polícia Nacional do Paraguai.

Um dos fugitivos é Thiago Ximenes, mais conhecido como Matrix, o cabeça mais importante do PCC capturado em Ciudad del Este, em 2014. O segundo seria um pistoleiro da fronteira Reinaldo Araújo, sendo ambos de nacionalidade brasileira.

Ximenes é acusado de ser o líder do assalto milionário que perpetraram em Foz de Iguazu, depois de escapar de uma prisão na Argentina, em 20 de agosto de 2013, juntamente com outros 13 prisioneiros brasileiros e argentinos. No Brasil foi procurado pelo m assalto milionário que ocorreu em 7 de janeiro 2014 na empresa Brinks, do  Banco Bradesco, em que eles levaram R$ 325 mil.

Segundo dados preliminares, o tempo que a fuga ocorreu é desconhecida, porque os guardas só  notaram após uma verificação de rotina do número de presos nas celas.

Providências

Após as fugas de Thiago Ximenes e Reinaldo de Araújo, o vice-ministro de Segurança Interna, Hugo Sosa Pasmor, relatou a prisão de 18 pessoas que estavam no Agrupamento, incluindo o chefe da unidade Enrique Benítez e o chefe de segurança César Pérez.

“As mulheres vão para a delegacia e os homens para o Departamento de Investigação para prestarem depoimentos perante a acusação”, disse ele em coletiva de imprensa.

Sosa Pasmor reconheceu que há uma “séria suspeita de cumplicidade da Polícia”. “Vimos muita negligência, então a prisão foi decidida”, ressaltou.

Por sua parte, o procurador de Justiça Hugo Volpe também confirmou a “forte suspeita” e não descartou que graças a isso conseguiram escapar pela porta principal. Ele também relatou que ambos compartilhavam da mesma cela.

O comandante da Polícia, Walter Vázquez, afirmou que a demissão do diretor de Apoio Tático já foi ordenada, bem como o do chefe do Agrupamento Especializado. Ele também anunciou a nomeação, por resolução, como auditor para o comissário Oscar Pereira.