No rastro! PF cumpre no PR mandado referente à apreensão de 2 aviões com cocaína em MS

A Polícia Federal em Foz Iguaçu, no Paraná, cumpriu, na manhã desta terça-feira (04), um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul. A ordem judicial foi expedida devido a uma investigação relacionada à apreensão de duas aeronaves com 1,1 tonelada de cocaína, avaliada em R$ 28 milhões, depois que foram interceptadas por caças da FAB (Força Aérea Brasileira) no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul no domingo (02).

A equipe cumpriu o mandado em uma casa no Bairro Vila A, em Foz do Iguaçu, onde apreenderam R$ 95,5 mil e US$ 10,1 mil em dinheiro, uma carabina calibre .44, munição, uma caminhonete Hilux, celulares, computadores e documentos. Uma pessoa foi presa pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

No domingo, caças da FAB interceptam no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul duas aeronaves com 1,1 tonelada de cocaína, avaliada em R$ 28 milhões. Um dos aviões estava transportando 450 quilos de cocaína, enquanto o outro tinha 700 quilos da droga.

Segundo a FAB, um dos pilotos ainda tentou fugir dos caças da FAB, mas acabou sendo forçado a pousar e o piloto foi preso. A primeira aeronave foi interceptada a nordeste de Campo Grande (MS). A aeronave EMB-720 Minuano foi obrigada a pousar em um aeroporto em Rondonópolis (MT) depois de ser interceptada pelos caças.

O piloto foi preso por policiais federais e 450 quilos de cocaína apreendidos. A outra aeronave, modelo b-58 Baron, foi interceptado a sudoeste de Campo Grande, sendo obrigado a pousar em Três Lagoas (MS). O piloto não obedeceu e fugiu fazendo um pouso forçado em Ivinhema (MS), após o trevo da entrada da cidade de Novo Horizonte do Sul (MS), sentido a Naviraí (MS).

A primeira equipe a chegar no local foi a Força Tática, com apoio do BPChoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul e não encontrou nenhum suspeito, mas buscas começaram a ser realizadas com apoio da FAB e Polícia Federal de Dourados. As ações fazem parte da Operação Ostium para coibir ilícitos fronteiriços. O comandante de Operações Aeroespaciais, tenente-brigadeiro do ar Jeferson Domingues de Freitas, classificou a operação como de extremo sucesso.

Foram presos o piloto Nélio Alves de Oliveira, 70 anos, que pilotava o avião que fez pouso forçado em uma lavoura de cana de açúcar no município de Ivinhema, e o co-piloto Júlio César Lima Benitez, 41 anos, enquanto o piloto da outra aeronave fugiu. Nélio de Oliveira é ex-vice prefeito e ex-presidente da Câmara de Ponta Porã.

Ele foi vereador entre 1981  e 1983, sendo eleito vice-prefeito em 1988, na chapa de Carlos Fróes. Ele já foi condenado por por integrar a organização criminosa comandada por Jorge Rafaat, assassinado em junho de 2016 na fronteira do Brasil com o Paraguai, no entanto, teve Habeas Corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.

Em 2014, o então juiz Odilon de Oliveira, à época na 3ª Vara Federal, condenou oito traficantes da região de Ponta Porã, entre eles Nélio e Rafaat, depois de a quadrilha ter sido flagrada com duas grandes cargas de cocaína, de 492 kg e 488 kg.