Nem oferta de R$ 500 milhões nem suposta “demência” adiantaram. Name vai ficar em Mossoró

Juiz decide pela permanência de Jamil Name no Presídio Federal de Mossoró

O juiz Alexandre Antunes da Silva, em substituição na 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, referendou liminar e autorizou a inclusão definitiva do empresário campo-grandense Jamil Name, 83 anos, no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. De acordo com o magistrado, a decisão foi motivada para evitar uma possível situação de violência em Mato Grosso do Sul, já que o preso é acusado de comandar um grupo de extermínio na Capital do Estado para manter o controle do jogo do bicho no Estado.

Nem a suposta demência e nem a oferta de R$ 500 milhões oferecidos a Ministros do STF adiantou para Name voltar para a Capital.

Jamil Name está preso desde o dia 27 de setembro de 2019 durante a primeira fase da Operação Omertà e há 9 meses foi levado para presídios federais, sendo que primeiro ficou no de Campo Grande (MS) e depois foi transferido para o de Mossoró (RN) devido ao risco de ordenar possíveis assassinatos de autoridades em Mato Grosso do Sul. Nos últimos meses, alegando problemas de saúde devido à idade avançada, ele conseguiu no STF (Supremo Tribunal Federal) a autorização para retornar a Campo Grande, onde ficaria em um presídio de responsabilidade do Estado.

Porém, a autorização foi retirada após ser decretado um novo pedido de prisão contra o empresário em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ou seja, em um presídio federal. Com essa nova decisão do juiz Alexandre Antunes da Silva, Jamil Name poderá permanecer no Presídio Federal de Mossoró por mais 360 dias em uma cela de isolamento sem contatos com outros presos do estabelecimento penal.

No mesmo presídio, também estão presos o filho dele, Jamil Name Filho, 42 anos, os policiais Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti e o guarda municipal Marcelo Rios. Enquanto Jamil Name e Jamilzinho são acusados de comandar a milícia responsável por várias execuções em Campo Grande, os outros três são apontados como os braços armados da organização criminosa.