Ministro da Justiça do Brasil negocia extradição do narcotraficante Pavão com autoridades paraguaias

O narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão foi o tema de uma reunião entre autoridades de Mato Grosso do Sul e o ministro da Justiça Alexandre de Moraes na semana passada.

Assunto tratado. A extradição do criminoso condenado no Brasil e que hoje conta com a complacência de parte das autoridades paraguaias. Recentemente, uma das mordomias que Pavão usufruía era celas que mais pareciam apartamentos de luxo.

Agora, Pavão está buscando se safar de um dos seus processos de extradição para o Brasil, alegando que foi absolvido pela Justiça brasileira. A extradição já havia sido concedida em primeira instância pelo juiz Rubén Ayala Brun, mas, atualmente, está suspensa pelo juiz Gustavo Amarilla.

Agora, os advogados de defesa de Pavão, Jorge Casuso e Laura Prieto, solicitaram o levantamento das medidas para a devolução do pedido de extradição ao Brasil. Eles apresentaram as evidências em português da decisão proferida em 13 de novembro do ano passado pelo juiz federal Odilon juiz Oliveira, da 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, especializado em processar e julgar os crimes contra o sistema financeiro e crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

O magistrado brasileiro tinha absolvido o narcotraficante da possível extradição e ordenado o levantamento dos bens e propriedades que, eventualmente, podem ter sido apreendidos para que sejam devolvidos.

Tendo em conta essa exigência, o promotor Gilda Villalba Tottil disse que a defesa não apresentou um documento formal e solicitou à Justiça apresente, por meio dos canais diplomáticos, se persiste ou não o interesse em extraditar Jarvis Chimenes Pavão.

O juiz Gustavo Amarilla decidiu enviar um ofício ao Departamento de Assuntos Internacionais da Corte Suprema de Justiça do Paraguai para que, por meio dos canais diplomáticos adequados, consulte a Justiça do Brasil se o interesse em extraditar Pavão ainda persiste.

Jarvis tem dois pedidos de extradição. Um deles, tramita em julgado por Lici Sánchez e foi confirmado pela Corte, sendo que se concretizará em dezembro de 2017, quando o mafioso concluirá sua sentença no Paraguai.