Ministério Público do Paraguai espera concluir caso Ronaldinho em 2 meses. Será o fim da novela?

O Ministério Público do Paraguai espera concluir, em dois meses, as investigações sobre a falsificação de documentos que levou à prisão, desde o dia 4 de março deste ano, o ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão e empresário Roberto Assis. De acordo com órgão do país vizinho, o “Caso Ronaldinho”, como está sendo chamado e que começou com grande cobertura da imprensa mundial, já levou a outras prisões e acusações.

Ainda segundo do MP do Paraguai, as investigações continuam em andamento, mas deverá apresentar uma acusação final ou absolvição em dois meses. Ronaldinho Gaúcho e o irmão estão presos no Paraguai há quatro meses em um caso até agora sem solução, acusados de entrarem no país vizinho com passaportes com conteúdo falso em 4 de março.

O melhor jogador do mundo em 2004 e 2005 e Assis permaneceram no Grupamento Especializado da Polícia Nacional até o dia 7 de abril, quando pagaram fiança de US$ 1,6 milhão e desde então estão em prisão domiciliar em um hotel de luxo em Assunção, sem poderem deixar o território paraguaio.

O último a se beneficiar das medidas de substituição de prisioneiros foi o empresário brasileiro Wilmondes Sousa, identificado como o contato dos irmãos com a empresária paraguaia Dalia López, que gerenciou a chegada do ex-jogador ao país vizinho.

Sousa foi libertado em 17 de junho e também está em um hotel na capital paraguaia sob prisão domiciliar imposta por um tribunal de apelação, enquanto Dalia está desaparecida desde que o caso estourou. Alvo de um mandado internacional de prisão, a empresária recebeu Ronaldinho e Assis no aeroporto de Assunção no dia 4 de março. Eles deixaram o Brasil com passaportes brasileiros e mostraram os documentos com conteúdo falso às autoridades paraguaias.

Ronaldinho chegou ao Paraguai para ceder a sua imagem a um projeto de ajuda a crianças realizado por Dalia através da fundação que ela presidia, além de participar da abertura de um cassino. A Procuradoria Geral aponta a foragida como a chefe de uma rede dedicada a facilitar a produção e utilização de documentos de identidade e passaportes com conteúdo falso.

A defesa do ex-jogador, encabeçada pelo ex-procurador Adolfo Marin, afirma que tais documentos foram um presente ao qual os dois irmãos não deram muita importância. O caso foi transmitido aos funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emite passaportes e carteiras de identidade, assim como à autoridade do aeroporto internacional de Assunção.

Dalia era praticamente desconhecida do público paraguaio em geral até receber pessoalmente Ronaldinho no dia em que ele chegou ao aeroporto. Os advogados da empresária garantem que ela se limitou a confiar a alguns gerentes particulares o processo de obtenção de documentos legais paraguaios para os dois irmãos, tendo em vista a possibilidade de que eles estabelecessem negócios no país.