Milícia! Delegado “fora da lei” é liberado pela Justiça mas vai ter que usar tornozeleira eletrônica

Preso desde o dia 18 de junho, quando foi deflagrada a terceira fase da “Operação Omertà”, o delegado de Polícia Civil Márcio Shiro Obara conseguiu, na noite de ontem, uma decisão favorável da 1ª Vara Criminal de Campo Grande para deixar a prisão, mas terá de usar tornozeleira eletrônica por 180 dias e pagar fiança de R$ 26,1 mil.

Ele é acusado de esconder provas na apuração do assassinato do policial militar Ilson Martins de Figueiredo, uma das vítimas do grupo de extermínio chefiada pelo empresário campo-grandense Jamil Name, 83 anos, e seu filho Jamil Name Filho, 42 anos, mais conhecido como “Jamilzinho”.

Ainda conforme a decisão da Justiça, Márcio Obara está proibido de retornar às funções como delegado de Polícia Civil e de usar armas de fogo, podendo, no entanto, exercer atividades administrativas. Além disso, ele terá de cumprir uma outra série de medidas cautelares, como comparecimento periódico em juízo, não sair de casa e não manter contato com testemunhas da investigação.

O delegado de Polícia Civil estava detido na carceragem da 3ª DP (Delegacia de Polícia Civil) no Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande (MS). Na decisão o juiz Roberto Ferreira Filho determinou a fiança e as medidas cautelares, por entender que manter a prisão do delegado, seria “desnecessária” no momento.