Meia-volta volver! Figuras carimbadas da corrupção no Governo de Puccinelli voltam pra cadeia

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, encerrou, há pouco, em Mato Grosso do Sul, a Operação Computadores de Lama, 6ª fase da Operação Lama Asfáltica, que já causou prejuízo calculado, em razão das fraudes e das propinas pagas, mais de R$ 432 milhões aos cofres do Governo do Estado na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB), que está preso desde julho deste ano.

Nesta fase, a operação mirou os milionários contratos de informática e a remessa clandestina de dinheiro para o exterior, terminando com as prisões de quatro pessoas – o empresário João Roberto Baird, que é dono de empresas de informática que tiveram contratos milionários com o Governo do Estado, o empresário Antônio Celso Cortez, da PSG Informática, o ex-secretário-adjunto da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) e acusado de ser operador de Puccinelli, André Luiz Cance, e Romilton Rodrigues de Oliveira, funcionário de uma das empresas de informática investigadas no esquema.

Além disso, as equipes da Polícia Federal e da Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do conselheiro do TCE (Tribunal de Conta do Estado) Osmar Jerônymo, braço direito do ex-governador André Puccinelli. As informações dão conta que o mandado era contra o assessor de gabinete Félix Jayme Nunes da Cunha, porém, Osmar Jerônymo tornou-se conselheiro do TCE em 2014 por indicação de André Puccinelli. Ele foi ainda secretário estadual de Governo e chefe da Casa Civil durante os mandatos do ex-governador e o assessorava desde o primeiro mandato na Prefeitura de Campo Grande.

Na fronteira com o Paraguai, a PF esteve no Supermercado Novo Rumo e na residência de um dos sócios, Emerson Rufino. Durante a análise dos documentos apreendidos nas fases anteriores, os auditores e policiais federais descobriram indício da remessa clandestina de dinheiro para o exterior por empresas de informática, que venciam licitações direcionadas. Outra irregularidade encontrada foi a simulação de contratos e aquisição fictícia de serviços e utilização de laranjas para ocultar patrimônio.

Com as prisões decretadas nesta terça-feira, a Operação Lama Asfáltica contabilizará 12 presos. André e o filho, o advogado André Puccinelli Júnior, estão presos desde 20 de julho deste ano. Giroto, Amorim, o ex-deputado Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, e o cunhado de Giroto, o engenheiro e empresário Flávio Henrique Scrocchio, dividem a mesma cela no Centro de Triagem desde 8 de maio deste ano.

Outras quatro mulheres tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar no mesmo período: Rachel Giroto (esposa de Giroto), Elza Cristina Araújo dos Santos (sócia de Amorim), Ana Paula Amorim Dolzan (filha de Amorim e mulher do sócio da Solurb, Luciano Poltrick Dolzan) e a medida Mariane Mariano de Oliveira Dornellas (filha de Beto Mariano).