Matança avança para o Brasil e homem que veio acompanhar mulher em curso de medicina é executado

É, parece que a onda de violência está longe de acabar na região de fronteira entre o Paraguai e o Brasil. A mais recente vítima é o brasileiro Marlon Martins, 38 anos, mais conhecido como “Magrão”, que foi executado nesta sexta-feira (7), em Ponta Porã (MS), a tiros na porta de sua residência, localizada na Rua Areia Branca, no Bairro Altos da Glória, por homens que o procuraram fingindo ser entregadores de mercadorias e, após a execução, fugiram a pé.

Marlon Martins morava há pouco tempo na cidade, vindo do Estado de Santa Catarina para acompanhar a mulher, que estuda Medicina no Paraguai. Os dois assassinos chegaram a casa dele e encontraram a empregada que estava limpando a calçada. Os bandidos perguntaram sobre o dono da casa e, quando a mulher respondeu que ele estava na varanda, os pistoleiros entraram e atiraram em Magrão, que ainda tentou fugir, mas acabou caindo na calçada da casa.

O brasileiro foi alvejado ainda caído na calçada, onde não resistiu aos ferimentos provocados pelos tiros e morreu no local. Investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, apoiados pelos agentes da Polícia Técnica, realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam o corpo ao IML (Instituto Médico Legal) de Ponta Porã para aguardar os familiares.

As primeiras informações indicam que o crime poderia estar relacionado a um ajuste de contas do narcotráfico que atua na região de fronteira, mas a Polícia abriu varias linhas de investigação após verificar as imagens da câmera de segurança da residência que poderia ajudar a identificar os pistoleiros.

Deve ser lembrado que esta foi uma semana muito agitada na fronteira, com o ataque em Pedro Juan Caballero contra um sobrinho do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão na terça-feira passada, enquanto no dia seguinte, ou seja, na quarta-feira, foram realizados outros dois ataques em Ponta Porã. Nesses ataques, foram mortos o brasileiro Wanderley Almeida e o tatuador paraguaio Nicanor Garay Ovelar.