Marquito traz de volta à Previdência ex-diretora investigada por nepotismo. Rombo na conta continua.

Nem mesmo depois de todo o escândalo das nomeações vergonhosas dos protegidos do procurador jurídico da Câmara de Vereadores, Andre Luiz Scaff, na Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), impediu o prefeito Marquito Trad de trazer de volta para o IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) a servidora Elza Pereira da Silva.

Para quem não sabe, Elza Pereira da Silva, que comandava o IMPCG na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte – acusado de deixar um rombo na Previdência do Município – é investigada pelo MPE (Ministério Público Estadual), por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, por prática de nepotismo no IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande).

O MPE chegou a abrir inquérito civil para apurar eventual prática de nepotismo no IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), de acordo com publicação no Diário Oficial do Órgão no dia 7 de outubro de 2016. Elza Pereira da Silva, que participou ativamente da gestão de Gilmar Olarte como a responsável pelo IMPCG, estava, desde o dia 1º de abril deste ano, ocupando cargo de comissão de Assessor Especial, Símbolo ASCM-302, para atuar na condução dos processos licitatórios da Câmara de Vereadores.

No entanto, Elza Pereira da Silva ficou somente três meses no cargo, pois foi exonerada, a pedido, no dia 2 de agosto deste ano e, logo em seguida, no dia 9 de agosto, foi nomeada pelo prefeito Marquito Trad para exercer o cargo em comissão de Assessor-Executivo II, Símbolo DCA-3, no IMPCG. Na prática, a medida seria o mesmo que dar a chave da jaula para os leões, pois essa senhora também já foi citada na história do rombo de R$ 132 milhões na Previdência do Município na gestão de Gilmar Olarte.

Nepotismo

Se já não bastasse isso, Elza Pereira da Silva também é investigada pelo MPE pela prática de nepotismo no IMPCG. A Ouvidoria do MPE recebeu denúncia anônima, em abril do ano passado, apontando supostas irregularidades cometidas pela então diretora de administração e finanças do IMPCG, Elza Pereira da Silva, na nomeação de parente para função comissionada no órgão e também na nomeação de profissionais exonerados por má conduta, além de cumulação indevida de funções.

A princípio, Elza Pereira da Silva foi denunciada por indicar a nomeação de uma sobrinha para cargo no IMPCG, que foi exonerada. No decorrer das investigações, foram incluídas novas denúncias. A ex-diretora de administração do Instituto de Previdência supostamente nomeou um amigo para exercer cargo de confiança e credenciou a filha dele para exercer o posto de enfermeira chefe do Centro Médico do IMPCG, além de nomear também um irmão dele para exercer cargo em comissão.

Ou seja, Elza Pereira da Silva não seria a pessoa certa para ocupar o cargo, afinal, além de estar envolvido no rombo milionário da Previdência, ainda é investigada pela prática de nepotismo quando comandou o mesmo órgão. Será que o prefeito é cego? Com a resposta o MPE.