Marcha soldado…! Deputado fala demais via Twitter e agora tem 48 horas para provas as acusações

Quem fala demais, dá bom dia para cavalo! O velho ditado deveria ter sido seguido pelo deputado estadual Capitão Contar, mas não foi e o “nobre” parlamentar tem 48 horas para provar as denúncias que fez via Twitter no dia 2 de maio contra o governador Reinaldo Azambuja. O desembargador João Maria Lós, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), concedeu o prazo ao deputado estadual para que ele apresente as provas do suposto superfaturamento por parte do Governo do Estado na compra de 60 mil cestas básicas.

Se realmente as tais comprovações existirem, terão de ser entregues à Polícia Federal, à Controladoria Geral da União, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas. O desembargador atendeu pedido do governador Reinaldo Azambuja, que move processo de calúnia contra o Capitão Contar por causa das denúncias feitas nas redes sociais.

O pedido de esclarecimento também tem o respaldo do procurador-geral de Justiça Alexandre Magno Benites de Lacerda. Foram duas postagens de Contar no Twitter, a primeira em 2 de maio, quando diz ter denunciado suposto superfaturamento à Polícia Federal, e uma segunda, do dia 6 de maio, em que afirma que suas denúncias contra “possíveis irregularidades nas gestões estadual e municipais”, fizeram com que grupos organizados começassem a se articular.

O advogado do governador, Ari Raghiant, quer que Capitão Contar prove o fato denunciado e pede os seguintes esclarecimentos: quem praticou o fato; se houve participação do governador; se na denúncia apresentou o autor do superfaturamento mencionado; se Contar utilizou dos mecanismos legais de pedidos de informação, ou mesmo da abertura de procedimento na Assembleia Legislativa. Raghiant também quer saber quem realizou comparativo de preços para chegar à conclusão de que houve a compra com sobrepreço; e se no comparativo foi utilizada a mesma metodologia de referência aplicada pelo governo.

A defesa do governador de Mato Grosso do Sul ainda pede para o deputado estadual informar quais os grupos organizados que começaram a se articular, os integrantes dos tais grupos, se há a participação de Azambuja em tais grupos, e até mesmo, se o Capitão Contar consegue provar se tais grupos – caso eles existam – constituem uma organização criminosa. A compra das 60 mil cestas básicas, de forma emergencial (sem licitação), foi feita pelo Governo no início de abril e custaram R$ 5,8 milhões para serem distribuídas para famílias carentes.