Mais um bucha para Messer! Doleiro dos doleiros é alvo de uma nova denúncia do MPF

A força-tarefa da Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), do Rio de Janeiro, apresentou uma nova denúncia contra o doleiro brasileiro Dario Messer, mais conhecido como “doleiro dos doleiros”, e três outras pessoas por sonegação de moeda.

O MPF do Rio de Janeiro apresentou a queixa contra Dario Messer, Marco Antonio Cursini e os advogados Antonio Figueiredo Basto e Luis Gustavo Flores por evasão de divisas. Segundo a denúncia, eles promoveram a saída irregular do Brasil de pelo menos US$ 6 milhões entre 2008 e 2017.

Como pode ser visto nos antecedentes apresentados pelo Ministério Público, esses movimentos de dinheiro foram feitos sem autorização legal por meio de transferências bancárias de diferentes contas para a empresa offshore Big Pluto Universal SA.

Segundo o anúncio do promotor do país vizinho, os atos de evasão foram realizados pelos parceiros de Messer, Figuereido Basto e Flores. Entre dezembro de 2008 e outubro de 2012, em coautoria com Marco Antonio Cursini, esses homens receberam um total equivalente a US $ 2.528.212 do Brasil.

“As operações ocorreram sem autorização legal, por meio da execução de 32 operações como o dólar-cabo”, afirma o relatório do Ministério Público Federal. As operações também incluíram embarques com francos suíços e euros.

Segundo os procuradores da República, existem cerca de 35 atos de sonegação de moeda, através de transferências bancárias de várias contas, com diferentes titulares, para contas em bancos estrangeiros. Para enviar a empresa offshore acima mencionada, foi utilizado o Big Pluto Universal SA.

Dario Messer teve participação em pelo menos sete das transferências, de acordo com a denúncia criminal. A segunda parte do esquema de evasão ocorreu entre 2016 e 2017. Naquela época, Figuereido Basto e Flores venderam dólares a contrapartes que depois enviavam ilegalmente para o exterior, em uma operação conhecida como dólar final invertido.

Durante esses dois anos, o esquema do qual Messer fazia parte conseguiu enviar cerca de US $ 3,5 milhões ao exterior, de acordo com o que os promotores brasileiros apontam. Figuereido Basto e Flores também são denunciados por terem contas no exterior sem comunicar sua existência às autoridades brasileiras competentes, algo obrigatório para casos como esse.