Juiz determina só pena alternativa para médica que em operação plástica matou jovem na fronteira

 

O juiz Édgar Gustavo Ramírez Rodas, do 2º Juizado Penal de Garantias do Paraguai, resolveu determinar medidas alternativas à prisão preventiva para a médica obstetra Cintia Raquel Echeguren Chave, 42 anos, acusada de participação no procedimento de implante de colágeno para aumentar os glúteos e que pode ter matado a estudante brasileira Sheiza Ayala, de 21 anos, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).

 

Para o magistrado paraguaio, a participação de Cintia Raquel Chave no delito é considerada culposa, ou seja, sem a intenção de matar a jovem brasileira e, por isso, cabe medidas mais amenas como penalidade pelo ocorrido. Dessa forma, a médica responderá o caso em liberdade, mas deve se apresentar presencialmente uma vez por mês à Justiça e está proibida de sair do Paraguai, sendo que será preso caso cometa algum outro tipo de delito.

 

Cintia Raquel Chave foi quem contatou Sheiza Ayala e a convenceu de realizar o procedimento, alegando que era muito fácil e não apresentava qualquer tipo de risco. Posteriormente, a médica obstetra levou a jovem brasileira até a cinesiologista Danilda Victoria Ruiz Díaz, que se passava por médica cirurgiã plástica, para fazer o procedimento estético.

 

Danilda Díaz, que está foragida da Justiça, fez a aplicação do hidrogel de colágeno com a finalidade de aumentar o volume dos glúteos de Sheiza Ayala. Após a aplicação, a jovem passou mal, teve de ser internada em uma clínica em Ponta Porã e veio a falecer, sendo que os médicos brasileiros indicaram que o hidrogel ingresso na corrente sanguínea dela, o que ocasionou uma embolia pulmonar e essa evoluiu para uma hemorragia pulmonar, provocando a morte da paciente.