Juiz arbitra fiança moderada para casal Olarte mas os dois ganham uma tornozeleira eletrônica

O juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, concedeu nesta terça-feira (27), a liberdade vigiada para o ex-prefeito Gilmar Olarte e para sua esposa, Andreia Olarte.

Eles estavam presos desde o dia 15 de agosto acusados pelo Ministério Público de enriquecimento ilícito, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Na decisão do nobre magistrado está escrito:  “a esta altura e, já com denúncia oferecida e em vias de ser apreciada por este juízo; com investigação já encerrada; com o requerente Gilmar já definitivamente afastado, por sua renúncia do cargo de prefeito municipal (diminuindo, ao menos em tese, seu eventual poder de capacidade de “articulação”) e com as diversas cautelares que lhe são impostas, a manutenção das prisões preventivas não mais se justificam”.

Na decisão, o magistrado estipula fiança de 17 salários mínimos para cada  (R$ 14.960,00).  Além disso, também manda que eles entreguem os passaportes; não mantenham contatos com outros denunciados ou testemunhas de acusação; e restringe os horários de saída da residência, já que deverão ser monitorados por tornozeleira eletrônica.

Essa sentença é considerada moderada pelos tipos de crimes aos quais o casal cometendo, ainda mais com dinheiro público, conforme denúncia do MPE.

Olarte “curtiu” sua estada atrás das grades no Presídio Militar. Já a sua bela esposa, Andreia Olarte, se misturou com as detentas do presídio feminino da Capital, por quase cinquenta dias.

Alvos da Operação Pecúnia, o ex-prefeito Olarte e sua mulher estariam mancomunados com o empresário Evandro Farinelli que seria laranja do casal na compra de imóveis, além do corretor Ivamil Rodrigues.

A investigação começou após dados obtidos com a quebra de sigilo bancário da ex-primeira-dama, assim como de sua empresa (Casa da Esteticista).

Gilmar e Andreia compravam imóveis e os registravam com valores até 15 vezes abaixo que o de mercado numa verdadeira farra com o dinheiro público, como afirmam os promotores.