Integrantes do PCC escapam de presídio no Paraguai, destino: novos crimes no Brasil

Quatro presos brasileiros integrantes da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) escaparam da Penitenciária Padre Juan de La Vega, localizada na cidade de Emboscada, no Paraguai, na manhã desta quarta-feira (26/10). Os fugitivos são Jonathan Rodrigues Lima, preso por homicídio, e Mario Monteiro, Alan Cristian de Lucena e Baldecir Goncalvef, que foram presos por roubo.

Até agora, a Polícia do Paraguai não conseguiu explicar como esses quatro homens escaparam, pois não foram encontrados vestígios da fuga, mas, suspeita-se que eles contaram com a cumplicidade dos carcereiros. Rodrigues Lima é um dos três suspeitos de assassinar o guarda prisional Mario Lezcano Mereles e seu filho, Mario Alberto Lezcano, em Lambaré, em setembro passado, porque impediu uma fuga em massa do Presídio de Tacumbú, sendo que as mortes foram encomendadas pelo traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão.

Lucena foi preso em Salto del Guaira há dois anos por manter uma família refém durante um assalto e também por estar ligado a golpes contra transportadores. Goncalves é um membro ativo do PCC e apontado como que teria introduzido os outros fugitivos dessa organização criminosa no Paraguai.

Ele foi levado há apenas um mês para Emboscada, depois de liderar uma revolta na ala de segurança máxima de Tacumbú e matar um policial paraguaio conhecido durante o motim. Monteiro, que opera na tríplice fronteira com outra facção do PCC, foi preso dois anos e meio atrás depois de um assalto a um colono, no distrito de Santa Rosa del Monday.

Julho Aguero, diretor de Correções do Ministério da Justiça, disse que Alan Lucena já foi recapturado a alguns quilômetros da prisão, enquanto os outros três devem ser localizados em breve.

Ele disse que, de acordo com as câmeras de segurança, o vazamento ocorreu às 3 horas de hoje. “Vou verificar se teve cumplicidade dos guardas prisionais, chegando lá, porque não é fácil, tem que atravessar alguns setores”, explicou, completando que, caso se confirme a cumplicidade de funcionários, vai solicitar ao procurador que sejam tomadas medidas drásticas contra eles.