Guerra sem fim! Mais de 190 tiros e 10 pistoleiros executam tio de Pavão na fronteira com o Brasil

A guerra pelo controle do tráfico de armas e de drogas na fronteira entre o Paraguai e o Brasil, mais precisamente na região de Mato Grosso do Sul, continua a pleno vapor e fez mais uma vítima na madrugada desta quinta-feira (17).

Pistoleiros com armas de grosso calibre invadiram a casa de Francisco Chimenes, mais conhecido como Chico, localizado em Ponta Porã (MS), por volta das 3 horas, e o executaram com mais de 190 tiros.

Após assassinarem o tio do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, os pistoleiros queimaram, na periferia da cidade brasileira, os quatro veículos que foram usados no ataque.

A Polícia brasileira informou que o ataque foi registrado por volta das 3 horas desta quinta-feira, quando quatro veículos chegaram à residência de Chico Chimenes e entraram à força armados com rifles, surpreendendo o tio de Pavão que estava dormindo.

Ele foi atingido por 03 disparos de fuzil. Um no peitoo utro no ombro e braço. Foram contabilizados cerca de 190 cartuchos/ projeteis de de 556 e 762

Os bandidos derrubaram o portão com um dos carros, aparentemente 04 veículos e envolvidos.

Uma hora depois os quatro veículos usados no ataque foram encontrados na cidade paraguaia de Zanja Puitã, localizada a cerca de 15 quilômetros de Ponta Porã. Chico Chimenes tinha sido preso em 7 de dezembro do ano passado quando a Polícia brasileira invadiu sua casa no momento em que estava com outros membros do clã Pavão.

Lá, supostamente, ele planejava dar uma resposta aos seus inimigos após o ataque de tiros que havia sofrido o filho dele e o seu sobrinho em 4 de dezembro. Posteriormente, lhe foi concedida prisão domiciliar. Naquele dia, o filho de Chico Chimenes circulava a bordo de uma caminhonete, quando homens armados atiraram nas rodas.

Pedrinho Chimenes, sobrinho de Pavão, e o filho de Chico Chimenes não se feriram porque o veículo era blindado. Com o assassinato de Chico Chimenes, a estrutura de Jarvis Chimenes Pavão está praticamente destruída na fronteira. De acordo com a Polícia, paraguaios e brasileiros, liderados pelo fugitivo Sérgio de Arruda Quintiliano Netto, o “Minotauro”, consolida-se como o novo “patrão” da fronteira.

As autoridades paraguaias e brasileiras estão em alerta máximo, pois é possível que os sobreviventes do clã Pavão, entre os quais estão vários sobrinhos do traficante preso no Brasil, tentem vingar o assassinato de Chico Chimenes. Se isso acontecer, pode haver confrontos sangrentos entre as duas gangues rivais, que buscam monopolizar o tráfico de drogas, armas e munições na fronteira.