Giroto, Amorim e mais 11 são denunciados pelo MPF; está chegando a hora da verdade

Giroto e Amorim chegam ao presídio carregando colchões - Fotos: Marco Miatelo - Diário Digital

Organização criminosa atuou no governo estadual e usou recursos para comprar fazendas em MS

O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) denunciou à Justiça Edson Giroto, ex-secretário Estadual de Obras e Transportes do Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal; Wilson Roberto Mariano de Oliveira, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Paranaíba (MS); o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos e outras 10 pessoas pelo crime de lavagem de dinheiro. As três primeiras denúncias criminais da investigação conhecida como Lama Asfáltica apontam para a lavagem de ativos em valores superiores a R$ 45 milhões, por meio da aquisição de fazendas em nome de parentes. O dinheiro é fruto de desvio de recursos públicos gerenciados pelo governo de Mato Grosso do Sul.

A Justiça Federal agora irá analisar as denúncias. Se forem aceitas, os denunciados tornam-se réus em processo criminal que tramitará pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.

Além de Giroto, Wilson e Amorim, o MPF/MS denunciou ainda Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, João Afif Jorge, Mariane Mariano de Oliveira Dornellas, Maria Helena Miranda de Oliveira, João Pedro Figueiró Dornellas, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto e Elza Cristina Araújo dos Santos.

Investigação revelou que uma organização criminosa funcionou, ao menos de 2007 até 2014, no Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, notadamente na Secretaria Estadual de Obras Públicas e de Transportes e na Agência Estadual de Gestão de Empreendimento (Agesul), voltada ao desvio de recursos públicos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A organização criminosa era composta por políticos, funcionários públicos com vínculo estatutário e contratual com o Estado de Mato Grosso do Sul, bem como administradores de empresas contratadas pelo Poder Executivo.

O MPF/MS requereu ainda a manutenção da prisão preventiva de Edson Giroto, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Ana Paula Amorim Dolzan, Elza Cristina Araújo dos Santos, Flávio Henrique Garcia Scrocchio, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, Wilson Roberto Mariano de Oliveira e Mariane Mariano de Oliveira Dornellas. Fonte: MPF