Garras, Gaeco e PM prendem dono do jogo do bicho, seu filho e mais quatro policiais civis e um federal

Uma operação policial envolvendo agentes do Garras (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Batalhão de Choque da Polícia Militar prenderam, na manhã desta sexta-feira (27), o empresário Jamil Name, conhecido em Campo Grande como dono do jogo do bicho e o seu filho Jamil Name Filho por serem apontados como suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa.

As ordens dos mandados são do juiz Marcelo Ivo de oliveira, da 7ª Vara Criminal de Competência Especial da Capital.

A operação foi denominada de Omertà é um termo da língua napolitana que define um código de honra de organizações mafiosas do Sul da Itália e fundamenta-se em um forte sentido de família e voto de silêncio que impede cooperar com autoridades policiais ou judiciárias, seja em direta relação pessoal como quando fatos envolvem terceiros.

Informações preliminares passadas pelo polícia são de que o empresário Jamil Name e seu filho Jamil Name Filho seriam suspeitos de envolvimento com uma organização criminosa, uma milícia que seria a responsável por execuções recentes em Campo Grande (MS). Um armamento avaliado em pelo menos R$ 200 mil foi apreendido em maio deste ano, em uma casa no Bairro Monte Líbano. O armamento que foi apreendido foi enviado a Polícia Federal de Brasília para passar por perícia.

Os laudos da PF indicaram que o arsenal apreendido em uma casa no Bairro Monte Líbano, em Campo Grande, em maio deste ano teria vindo de três países, México, Filipinas e Estados Unidos da América. Três guardas-municipais foram presos na época da descoberta do armamento, Marcelo Rios, Rafael Antunes e Robert Vitor. Todos eles foram expulsos da guarda-municipal.

Além dos dois mais três policiais civis e um policial federal também estão presos e não tiveram os nomes divulgados.

Execuções

Matheus Coutinho Xavier foi assassinado em frente à sua casa com 7 tiros de fuzil na cabeça, e na época de sua execução, no dia 9 de abril, foi levantado que a arma usada no crime poderia ter ligação com o armamento usado na execução de Ilson Figueiredo, que foi assassinado em junho de 2018.

O carro em que Ilson estava foi surpreendido, na Avenida Guaicurus e alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança da Assembleia Legislativa usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou. Nas imediações na Rua Piracanjuba, na região, o carro usado na execução de Ilson, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado.

Também foi executado com armamento do mesmo calibre, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba’ executado com tiros de fuzil na cabeça, tórax, e braços em frente a uma barbearia.

Dois homens chegaram em uma Dodge Journey, desceram e executaram ele, que saía do local e ia em direção à sua camionete Hillux. Um outro homem em uma moto deu apoio para a execução. A polícia encontrou no local com a vítima três celulares intactos que estavam com ele, além de cheques e quantia em dinheiro. O crime aconteceu no dia 26 de novembro de 2018.