Filho de capitão da PM envolvido em crimes é fuzilado em frente de casa na Capital. Vai vendo!

O filho do capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier, que foi preso em 2009 na “Operação Las Vegas” realizada para acabar com quadrilha que mantinha caça-níqueis e outros jogos de azar no Estado, foi morto a tiros de fuzil em atentado ocorrido por volta das 18 horas desta terça-feira (9) em Campo Grande (MS). O rapaz, que não teve a identidade divulgada, chegou a ser socorrido pelo próprio pai e levado de caminhonete para a Santa Casa, mas já chegou morto.

 O capitão PM Paulo Xavier e o filho chegavam à residência em uma caminhonete S10, quando os pistoleiros, que estavam em um Volkswagen Up, de cor branca, se aproximaram e dispararam várias vezes, sendo que a Polícia Militar encontrou cápsulas deflagradas que aparentam ser de fuzil 556. Após o atentado, o policial teria saindo com o filho ferido em sua caminhonete em direção à Santa Casa, chegando inclusive a pedir ajuda do Corpo de Bombeiros, pois os familiares que estavam no imóvel ficaram em estado de choque e precisaram de atendimento do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Operação Las Vegas

Em 2009, o capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier foi condenado a 7 anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva. Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual durante a Operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.

O major PM Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça-níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks. Cerca de dois anos depois da prisão, em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus ao capitão, que a essa altura já cumpria a pena em regime semiaberto.

Desde então Xavier aguardava o julgamento em liberdade. No ano de 2015, foi flagrado observando um banco em posse de uma pistola 380 sem registro em uma caminhonete com placa alterada, em Bom Jardim (MA). No entanto, recebeu alvará de soltura após o juiz considerar que ele não preenchia os requisitos para a prisão preventiva.