Festival de execuções deixa fronteira e chega a Campo Grande. Crimes violentos já sã cotidianos

Antes exclusividade das cidades fronteiriças de Pedro Juan Caballero (PY), Capitán Bado (PY), Bella Vista Norte (PY), Ponta Porã (MS), Coronel Sapucaia (MS) e Bela Vista (MS), agora as execuções também estão tomando as ruas de Campo Grande (MS) e o uso de armas de grosso calibre também deixou de ser comum apenas na região de fronteira, ganhando força entre os pistoleiros que agem na capital de Mato Grosso do Sul.

A preocupação com esse tipo de crime obrigou a Polícia Civil a criar, em 5 de novembro de 2018, uma força-tarefa, que já identificou que as várias as execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre .762.

Ao todo, foram três mortes com fuzil AK47: Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e o universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, o capitão reformado da PM Paulo Roberto Teixeira Xavier).

Além dessas três mortes, a força-tarefa ainda investiga a execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, que ficou conhecido como “Playboy da Mansão”. Ele foi assassinado em 18 de outubro do ano passado enquanto bebia com os amigos, na Cachaçaria Brasil, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, na Vila Rosa Pires. Ele foi atingido por cinco tiros de pistola calibre 9 mm e morreu no local.

Ainda sobre as execuções na Capital, um relatório elaborado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual), aponta que “não passa despercebido que várias das execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre 762”.

O documento lembra ainda que os veículos usados nos crimes são encontrados incendiados, uma estratégia comum dos pistoleiros que agem na fronteira para dificultar a identificação.

Enfim, a situação só tende a ficar mais complicada e as autoridades precisam agir rápido para evitar que Campo Grande se transforme em uma nova Pedro Juan Caballero, onde nem o principal estabelecimento de vendas de importados, o Shopping China, está mais livre da ação dos pistoleiros.

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