Fechamento da fronteira quebra 400 lojas e causa 6 mil demissões em Pedro Juan Caballero

O fechamento da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19) provocou uma quebradeira geral no comércio de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). De acordo com a Câmara de Comércio e Turismo de PJC, pelo menos 400 lojas quebraram, provocando as demissões de seis mil trabalhadores paraguaios e brasileiros que eram funcionários nesses estabelecimentos.

“Tivemos mais de 70% das nossas lojas fechadas e as que estão funcionando operam com 25% da capacidade”, relatou o presidente da Câmara de Comércio e Turismo de Pedro Juan Caballero, Víctor Barreto. Para tentar reverter a situação, os comerciantes estão realizando protestos constantes na cidade, que incluem carreatas e até a queima de pneus para impedir o trânsito de veículos dentro da cidade paraguaia.

Os empresários paraguaios querem, pelo menos, a liberação do “delivery”, ou seja, que eles possam levar até a lina internacional que separa Pedro Juan Caballero de Ponta Porã as mercadorias encomendadas pelos turistas brasileiros. Eles garantem que o procedimento respeitaria todos os protocolos de biossegurança para evitar um possível contágio pela Covid-19, mas, para a Receita Federal, as mercadorias seriam consideradas contrabando e, portanto, poderiam ser apreendidas.

Segundo a Receita Federal, como o Paraguai fechou a fronteira e proibiu o ingresso de brasileiros, é impossível declarar o ingresso de bens no Brasil. Também não é possível aplicar a tarifa de US$ 500,00 prevista no regime fiscal especial para mercadorias adquiridas por turistas brasileiros. E, enquanto isso, o impasse continua, provocando falências e demissões em massa na região.

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