Família de pecuarista sequestrado implora ajuda do narcotraficante Jarvis Pavão para libertar refém

foto do pecuarista sequestradoNo meio de seu desespero, a família do pecuarista Urbieta Felix Ramirez, 66 anos, viajou até Assunção, capital paraguaia, para visitar o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está preso no Agrupamento Especializado da Polícia do Paraguai, para pedir ajuda dele na libertação do fazendeiro, que foi vítima de um sequestro.

Os parentes do sequestrado que viajaram até Assunção para se reunir com Pavão eram sua esposa, Ermelinda Urbieta Aguero, e as filhas Norma Elizabeth Urbieta Agüero e Doralis Urbieta Liliana Agüero, além do sobrinho, o prefeito de Horqueta, Rene Urbieta Arturo Cuevas. Também estavam presentes na reunião os advogados do narcotraficante, Laura Marcela Casuso e Jorge Rodrigo Prieto Morínigo.

Jarvis Chimenes Pavão tinha revelado em uma entrevista exclusiva ao jornal ABC Color que pagou o resgate e que negociou pessoalmente na prisão Tacumbú a libertação de Arlan Fick Bremm em 2014. Liliana Urbieta, uma das filhas do fazendeiro, confirmou que realmente foi até Jarvis para pedir “recursos, ajuda e esperança” para pagar os US$ 500 mil de resgate exigido por seu pai. “Precisamos de recursos para trazer o meu pai vivo e somos capazes de negociar com Satã”, declarou.

Ela também se queixou que já pediu várias vezes um encontro com o presidente Horacio Cartes, mas ele se recusa a recebê-los. A filha do sequestrado revelou que “a visita não foi bem-sucedida” e continuou que “ele (Jarvis) é uma excelente pessoa, mas não poderia nos ajudar.”

A advogada Laura Marcela Casuso confirmou que Jarvis estava aberta para ajudar a família do sequestrado, mas agora tinha outros compromissos. Ela também disse que em nenhum momento os familiares do produtor rural solicitaram que Pavão fizesse a mediação junto ao EPP (Exército Popular do Paraguai).

Felix Urbieta permanece desde 12 de outubro do ano passado em poder de um grupo liderado pelo fugitivo Alejandro Ramos Morel, conhecido como “Jota”. Esse é um dos líderes do grupo criminoso EPP, que também detém cativo o policial Edelio Morínigo e os menonitas Fehr Banman e Franz Abraham Wiebe Boschman.