Falta de dinheiro faz PRF suspender vários serviços; ainda mais na fronteira, o que já era ruim, ficou pior

Que Mato Grosso do Sul é o corredor de entrada de maconha e cocaína no Brasil, não é novidade para ninguém, muito menos para o Governo Federal. No entanto, alheio ao problema, a União reduziu o orçamento e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) anunciou a redução do policiamento em estradas federais, além de outras medidas para conter gastos que entraram em vigor nesta quarta-feira (5). Ou seja, caro leitor, o serviço da PRF, que já estava ruim aqui no Estado, vai ficar pior ainda, pois teremos desativação de unidades operacionais, redução no horário de atendimento ao público e suspensão de resgate aéreo.

Entre as medidas anunciadas pela PRF estão a suspensão, a partir do quinta-feira (6), dos serviços de escolta de cargas superdimensionadas e escoltas em rodovias federais, suspensão imediata das atividades aéreas (policiamento e resgate aéreo), redução imediata dos deslocamentos terrestres de viaturas em patrulhamento, desativação de unidades operacionais e alteração do horário de funcionamento das unidades administrativas, com priorização de atendimento ao público entre 9h e 13h.

“Frente ao caráter temporário do contingenciamento, as medidas adotadas foram selecionadas de maneira que impactem o mínimo possível a atividade finalística do órgão e que possam ter reversão sem prejuízos à administração quando da recomposição orçamentária”, diz trecho da nota divulgada.

De acordo com a PRF, será estipulado um cronograma para desativar unidades operacionais, conforme planejamento regional. O policiamento destas áreas que ficarem descobertas será feito por outras unidades operacionais. Em Mato Grosso do Sul, desde o fim do ano passado, o Blog do Nélio tem divulgado o sucateamento da PRF.

Aqui no Estado, o posto da PRF em Sidrolândia está abandonado com as obras paradas há mais de ano. O local é estratégico, pois, tirando o acesso pela BR-163, é a principal ligação com a região de fronteira com o Paraguai e, sem a fiscalização adequada, virou um paraíso para os traficantes e arrastadores de veículos.