Executivos da Odebrecht revelam que enviavam fortunas de avião para o Paraguai. Vai vendo!!!

Seis executivos da Odebrecht revelaram o modus operandi para lavar dinheiro via Banco Paulista de  São Paulo para o Paraguai. Eles descreveram como era feita a lavagem do dinheiro, como usavam empresas de fachada para emitir notas fiscais e como alugavam aviões que transportavam até R$ 6,7 trilhões, a maior parte para o país vizinho, supostamente para o banco da família do ex-presidente Horacio Cartes.

Essa denúncia desencadeou a Operação 61 da equipe da Lava Jato e terminou com vários banqueiros brasileiros na cadeia. Ninguém imaginava que essa fase visaria como os figurões eram tratados por meio de subornos financiados pela Odebrecht. A equipe de investigação descreveu  o modus operandi de lavagem de capitais, empresas de fachada que foram utilizados para as importações de moeda em somas multimilionárias de dinheiro.

Segundo o jornalista Thiago Hardy, do O Globo, enormes quantidades de dinheiro iam a bordo das aeronaves, especialmente do Paraguai para o Brasil, em notas de R$ 50, exigindo todo o compartimento de carga de um Boeing 737 para transportar o grandioso volume. “A maioria da operação de importação foi feita com o Banco Basa, ex-Banco Amambay, que pertence à família do ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes”, revelou.

Quando os seis executivos começaram a cantar, revelou-se que sempre que tinham dinheiro necessário lavar recorriam ao Banco Paulista. O banco legalizava o dinheiro emitindo notas fiscais para serviços que não foram fornecidos. Para isso, usaram empresas fantasmas que emitiam contas correlatas, com endereços inexistentes.

Esse foi o ponto de partida para que, na quarta-feira, 8 de maio, a fase 61 da equipe Lava Jato fosse implantada. Eles prenderam os executivos do Banco Paulista, alguns dos quais também acabaram cantando tudo. Mas, além disso, especialistas da Polícia Federal se instalaram na matriz do banco e levantaram todas as informações dos servidores da entidade financeira, informações que estão sendo analisadas pontualmente.

Assim, eles descobriram que, de 2009 a 2015, cerca de US$ 12 milhões apareceram em contratos falsos. E que cerca de US$ 71 milhões foram destinados a dez empresas que, na realidade, não possuíam funcionários ou tinham endereços consistentes. Um suposto banco no paraíso fiscal de Antígua e Barbuda funcionava como um hub para o grupo: o Meinl Bank Ltd. Essa empresa cobrada uma taxa de 2% de cada valor de entrada entre 2010 e 2016.

Os nomes de quem doleiros aparecem transversais à história: Juca Bala (Vinicius Claret), um dos mais pesados ​​doleiros da equipe do doleiro fugitivo Dario Messer, e outro apelidado de “Dragão” Wu Yu.