Consórcio de chefes de Polícia facilitavam tráfico de cocaína da Bolívia, Peru e Colômbia. Toma Brasil!

O Ministério Público do Paraguai, com apoio da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), de agentes da Antissequestro do Ministério do Interior e de agentes de combate ao crime organizado, desencadeou a “Operação Dignidade” em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), tendo como principal alvo agentes da Polícia Nacional do país vizinho, que estariam envolvidos com o tráfico internacional de cocaína da Bolívia, Peru e Colômbia.

Os promotores de Justiça Hugo Volpe, Alicia Sapriza, Fabiola Molas, Armando Cantero e Marco Amarilla lideraram, lideraram, ontem (24), uma série de buscas simultâneas em que foram presos vários policiais que supostamente estão envolvidos com organizações criminosas na fronteira. O ministro do Interior do Paraguai, Ernesto Villamayor, deu detalhes da operação, explicando que a ação foi realizada em busca de procedimentos anteriores sobre o narcotráfico internacional.

A operação foi realizada no âmbito de três procedimentos de grandes apreensões de remessas de drogas apreendidas em janeiro (371 quilos de cocaína), em fevereiro (2,2 mil quilos de cocaína) e em agosto (378 quilos de cocaína), totalizam cerca de três toneladas da droga. Todas seriam de um mesmo grupo e foi possível detectar que policiais receberam dinheiro para colaborar antes de possíveis procedimentos ou retenção por parte das autoridades investigadoras.

Também foram realizadas buscas em dois estabelecimentos rurais em “Puentesinho” e à intervenção em uma Delegacia da Polícia Nacional do Paraguai. Os presos foram identificados como o comissário Edelio Celso Loreiro Garcia, o subcomissário Pedro Molinas, o subcomissário Casaco Ruben Dario Duarte e os policiais Venancio Bolaños Torres, Mario Figueroa Velázquez, Carlos Ever Navarro Morales, Pablo Cesar Morales, Luis Carlos Gomez Santacruz e Sebastian Ramón Silva, que foram detidos em Assunção, Pedro Juan Caballero, Puentesinho, Concepción e San Carlos.

O grupo recebia de R$ 800 mil a R$ 1,6 milhão para deixar passar carregamentos de drogas que eram distribuídos para outros países, incluindo o Brasil. Os agentes corruptos repassavam informações privilegiadas aos narcotraficantes, frustrando grandes operações.