Emergir do silêncio! Além do Caso Motel, Força-tarefa pode voltar a investigar a execução de policial civil

Além do famoso “Caso Motel”, que trata das mortes a garota de programa Eliane Ortiz e do estudante Murilo Boarim Alcalde no dia 21 de junho de 2005, a força-tarefa criada em novembro de 2018 pelo Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para investigar os crimes de pistolagem praticados em Campo Grande (MS) também vai desarquivar a execução do policial civil aposentado Sérgio Marcos Gomes, 43 anos, ocorrida em 25 de janeiro de 2009.

Ele foi morto quando estava no carro do policial militar Wilson Figueiredo, que foi flagrado em 2008 em uma casa onde era escondido arsenal de um grupo ligado ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Na ocasião, o funcionário público estadual Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, foi preso por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) junto com o policial civil Vladermirson Daniel Olmedo, o “Vlad’.

Vlad agora aparece acusado de integrar a milícia que seria comandada pelo empresário Jamil Name e por seu filho Jamilzinho. Ele assim como os dos chefes foi transferido para Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Na época, a Polícia Civil informou que Wilson Figueiredo pediu emprestada a pick-up de Sérgio Gomes para levar um freezer até uma chácara e, por isso, trocaram de carro, com o policial aposentado ficando com o Fiat Uno de Figueiredo. Porém, não foi possível apontar qual era a ligação entre os dois e o crime ficou caracterizado por estar cercado por mistérios, tendo o inquérito sido mantido em sigilo para não comprometer as investigações.

Também na época não foi descartada a chance de o crime ter ligação com contravenções, já que informações preliminares indicavam que Gomez trabalhava como segurança no jogo de bicho. Agora, especula-se a possibilidade de reabertura dessa investigação desde que a força-tarefa apresentou seus primeiros resultados efetivos no fim de setembro, com a Operação Omertà, que levou para a cadeia os empresários Jamil Name, 83 anos, e o filho dele, Jamil Name Filho, de 42, como chefes de organização criminosa dedicada ao assassinato de desafetos tanto nos negócios quanto na vida pessoal.

O crime

O policial aposentado Sérgio Gomes estava em um bar com amigos e na volta para casa, na Avenida Manoel da Costa Lima, foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta YBR de cor prata. Ele estava sozinho no carro quando foi atingido por vários disparos de pistola calibre 9 milímetros.

Gomes era policial civil aposentado e já trabalhou no Garras (Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros), na Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) e na DEH (Delegacia Especializada de Homicídios). Ele foi aposentado porque se envolveu em um acidente com viatura da corporação e teve sequelas.

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