Em operação na fronteira, Garras mata 8 homens que seriam ligados ao PCC e ao líder “Bonitão”

Aumentou para oito o número de “soldados” da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) mortos durante confronte com agentes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Bope (Batalhão de Operações Especiais) e DOF (Departamento de Operações de Fronteira), na noite de ontem (11), em Ponta Porã (MS). Os criminosos faziam parte do grupo que tentou, sem sucesso, libertar da prisão no Paraguai o criminoso Giovanni Barboza da Silva, mais conhecido como “Bonitão”, apontado como o novo líder do PCC na fronteira.

A Polícia de Mato Grosso do Sul acabou descobrindo que a facção criminosa tinha uma casa de apoio em Ponta Porã e, com isso, equipe do Garras, com apoio do Bope e do DOF, deslocou-se para a fronteira. Quando os policiais chegaram ao imóvel encontraram oito soldados do PCC na residência, sendo que dois conseguiram pular o muro e fugiram. Houve confronto e seis acabaram nesse confronto. Equipes do DOF e Bope vasculharam a região e acabaram encontrando os outros dois fugitivos, que também morreram em troca de tiros.

Na casa foram apreendidos dois fuzis, quatro pistolas e dois carros roubados. Foram encontrados documentos de identidade paraguaios com os membros da facção, mas seriam falsos e a polícia agora tenta a identificação. Imagens de câmeras de segurança do atentado à delegacia em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, mostram que os criminosos mortos ontem à noite eram os mesmos que tentaram sem sucesso libertar “Bonitão”, que acabou expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal.

Nas imagens é possível ver quando o grupo que está fortemente armado troca tiros com os policiais paraguaios. Os membros da facção usam coletes a prova de balas. A troca de tiros durou cerca de 1 hora e várias cápsulas ficaram espalhadas pelas ruas. Ainda de acordo com informações, teriam sido usados pelos membros da facção criminosa cerca de 30 fuzis. A maioria das armas já teria sido usada em outros crimes, inclusive, homicídios. Os fragmentos que ficaram espalhados serão analisados pela perícia paraguaia.

Cerca de 10 carros fizeram um cerco a delegacia e 40 membros da facção criminosa passaram a atirar contra os policiais. Durante o ataque a delegacia, um homem acabou atingido por um tiro nas costas ficando paraplégico. Na madrugada de domingo (10), momentos após a prisão do novo líder do PCC, grupo fortemente armado com fuzis teria invadido o departamento de investigação onde ele estava. Um policial paraguaio chegou a ser feito refém e houve troca de tiros, mas a tentativa de resgate foi frustrada.

Durante a prisão de ‘Bonitão’ que estava a bordo de uma caminhonete, um fuzil da marca MOE, modelo FN15, série FNCR 001854, origem EUA, calibre 5.56/.223, com dois carregadores e dois celulares iPhone foi apreendido com ele.