Em apenas 10 meses, 32 toneladas de cocaína enviada do Paraguai “caíram” na Europa

Famoso pelas remessas significativas de maconha cultivada na região de fronteira com o Brasil, agora o Paraguai também está ficando conhecido na Europa, onde, nos últimos 10 meses, foram apreendidas 32 toneladas de cocaína enviada do país vizinho para o velho continente.

O último grande carregamento da droga apreendido na Europa, cerca de 11 toneladas, foi no dia 2 de abril no porto de Amberes, na Bélgica, sendo que a cocaína estava escondida em peças de couro azul.

Esse envio do entorpecente teria relação com outra 1,3 tonelada que tinha sido apreendida no mesmo lugar no dia 18 de junho de 2020 em sacos de farinha de soja.

A conexão entre os dois envios seriam os empresários Luís Fernando Sebriano González, 46 anos, e Pedro Alejandro Gauto Echevarría, 47 anos, que são donos das empresas Artis SA (farinha de soja) e Neumáticos Guairá SA (placas de couro).

Para colocar a cocaína nas placas de couro foi utilizado o depósito da empresa Maxigrains SA, que está localizada no porto de Villeta e pertence ao empresário Luís Fernando Sebriano González em sociedade com Ferdinando Abilio Stadecker Chaves, 77 anos.

Também estão envolvidos os empresários Cristian César Turrini Ayala, 48 anos, e o sócio Alberto Antonio Ayala Jacquet, 35 anos, que aguardam julgamento na Agrupación Especializada, em Assunção, capital do Paraguai. Eles enviaram a droga em uma carga de carvão vegetal.

Além disso, o empresário Diego Isaac Benítez Cañete, 37 anos, dono da empresa Pinturas Tupã SA, enviou 16,1 toneladas de cocaína para o porto de Hamburgo, na Alemanha. Ele diz que não sabia do envio e que é vítima de traficantes internacionais de droga.