Eles mandam mas o homem não vem. Justiça paraguaia autoriza 3º pedido de extradição de Pavão para o Brasil

 A Justiça do Paraguai autorizou ontem (12) um terceiro pedido de extradição do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão para o Brasil. A autorização da extradição do traficante, que está preso em Assunção, capital do Paraguai, foi assinada pelo juiz Lici Sánchez.

A documentação do pedido de extradição foi enviada pela Justiça do Brasil, que acusa o traficante brasileiro como sendo o fornecedor de grandes quantidades de cocaína para o País.

O tráfico, conforme as autoridades brasileiras, seria comandada por Pavão de dentro da prisão de Tacumbu, onde ele estava preso até ser transferido para o Grupo Especializado da Polícia Nacional do Paraguai, e que continua a fazê-lo do seu atual lugar de confinamento.

No entanto, o cumprimento da extradição do narcotraficante brasileiro para o Brasil está condicionado ao fim da sentença de 8 anos que ele cumpre no Paraguai por associação criminal, o que acontece em dezembro deste ano.

A extradição de Pavão foi solicitada pela juíza federal Karen da Silva Cordeiro, do Tribunal Federal de Porto Alegre (RS), em um processo de tráfico de drogas iniciado em novembro de 2015.

Os documentos apresentados pela Justiça brasileira referem-se a 12 apreensões de drogas durante a investigação, o que permitiu a apreensão de cerca de 850 quilos de cocaína e 420 quilos de maconha, bem como a apreensão de 21 pessoas em flagrante delito.

“Nessas investigações verificou-se que Pavão forneceu toneladas de cocaína aos traficantes brasileiros apesar de estar preso em uma unidade prisional paraguaia. Atualmente, o Pavão é o principal fornecedor de cocaína residente no Paraguai”, disse a carta enviada ao juiz Lici Sánchez. No Brasil, Jarvis está condenado a 17 anos e 8 meses por lavagem de dinheiro em Camboriú (SC).