E lá se vão os 100 primeiros dias e prefeitura da Capital em letargia. Cadê o remédio que dizem que estava aqui?

A administração do prefeito de Campo Grande, Marquito Trad, completou na semana passada 100 dias e, nesse período, pode se dizer que foram três meses e dez dias sem nada expressivo para a população. Culpando a gestão anterior, do ex-prefeito Alcides Bernal, que por sinal apoiou a candidatura do atual gestor no 2º turno, Marquito diz que não foi possível implantar propostas e, ao invés disso, acumulou crises na saúde, na educação, na área de infraestrutura urbana e na parte de contratos com fornecedores.

Ele iniciou o ano com os salários dos servidores públicos atrasados, sem receber integralmente os pagamentos de dezembro e 13º salário. Além disso, não tinha remédios nas farmácias e postos de saúde e as ruas estavam e continuam cheias de buracos, fazendo com que a administração dele se focasse em tapar buracos das ruas e remediar a população nos superlotados postos de saúde.

Nessa parte de pavimentação, a única boa notícia foi a viabilização do recapeamento das ruas Guia Lopes, Brilhante, da Avenida Bandeirantes e Marechal Deodoro, mesmo assim, quem vai fazer é o Exército e com recursos do Governo do Estado, pois a Prefeitura não tem condições e muito menos dinheiro. Com relação às operações tapa-buracos, elas continuam sem resolver o problema, que a cada dia só aumenta e há ruas que estão praticamente intransitáveis.

Na saúde, os três primeiros meses foram marcados por falta de medicamentos e falta de médicos nos postos, enquanto na educação enfrentou a paralisação dos professores, falta de merenda nas escolas e falta de uniforme escolar, que, graças a uma “carona” em uma licitação, comprou as peças que somente agora estão sendo entregues, quase no fim do primeiro semestre do ano letivo.

Já no transporte coletivo urbano o problema de ônibus lotados continua e, pior, sem ar-condicionado, que era uma promessa de campanha e foi um dos argumentos para autorizar o reajuste no valor da tarifa, que se mantém entre as mais caras do Brasil.