É guerra! “Bonitão” do PCC mandou fechar cassino de Fahd Jamil na fronteira antes de ser preso

O novo chefão da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, Giovanni Barbosa da Silva, 29 anos, mais conhecido como “Bonitão”, mandou fechar, na noite da última sexta-feira (8), o Casino Guaraní, localizado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), pertencendo ao empresário Fahd Jamil, 76 anos, o “Rei da Fronteira”.

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, a ordem de fechamento do estabelecimento de apostas foi dada 24 horas antes de “Bonitão” ser preso e ele chegou a invadir o local acompanhado por um forte grupo armado, determinando que os funcionários do cassino encerrassem definitivamente todas as atividades naquela noite. Ainda conforme a Polícia, também foi dada ordem para que todos os negócios do clã de Fahd Jamil nas cidades vizinhas, tanto no Estado, quanto no Paraguai, fossem suspensos, incluindo o jogo do bicho.

O PCC e o clã de Fahd Jamil estão em “guerra” declarada desde novembro de 2020, quando foram mortos e enterrados em uma vala comum quatro pessoas ligadas ao “Rei da Fronteira”. Aparentemente, “Bonitão” pensava que o único grupo criminoso que poderia impedir o seu total controle sobre o tráfico de drogas e armas na região de fronteira era o de Fahd Jamil e, por isso, determinou as execuções e, posteriormente, o fechamento dos “negócios” do “Rei da Fronteira”, incluindo o Casino Guaraní e as bancas de jogo do bicho.

No entanto, enquanto “Bonitão” estava preocupado com o Fahd Jamil, acabou abrindo a guarda para a ação da Polícia do Paraguai, que, com apoio da Polícia Federal, já vinha monitorando seus passos em Pedro Juan Caballero. Assim, na noite de sábado (9), o novo líder do PCC na fronteira acabou preso e expulso do país vizinho, sendo entregue à PF no Brasil, forçando o comando da facção criminosa encontrar um novo “patrão” para a região.