É brincadeira: Após gastar R$ 3,1 milhões em reforma, agora a Câmara vai gastar mais R$ 572 mil na mudança

Como é bom ter o dinheiro do contribuinte para gastar a bel prazer, sem prestar contas e sem se preocupar com o preço de nada. A atual mesa diretora da Câmara de Vereadores de Campo Grande está nessa situação cômoda, pois, após gastar mais de R$ 3,1 milhões em forma do prédio, que é alugado e cujo o aluguel está com saldo devedor superior a R$ 11,8 milhões, agora vereador João Rocha (PSDB), presidente da Casa de Leis, decidiu, com o aval dos demais 28 vereadores, investir mais R$ 572,1 mil com serviços de frete para mudança, instalação de rede elétrica, softwares e compra de novos aparelhos de ar-condicionado, afinal, casa nova precisa de móveis novos também.

Indiferente às mazelas financeiras pelas quais passam a Prefeitura da Capital, os vereadores, no ano passado, pagaram R$ 3,1 milhões na reforma da Casa de Leis, de acordo com contrato firmado com a construtora Age Comercial Ltda. – EPP, dos sócios Daniel Vieira Lossavero e Cezar Augusto Durbem Gomes Mareco. Passada a reforma, agora serão gastos mais R$ 572,1 mil, de acordo com contratos firmados com as empresas prestadoras desses serviços que foram publicados no Diário Oficial do Município (Diogrande) da sexta-feira passada (16).

Além desse valor, a Casa de Leis terá que desembolsar também R$ 8 mil e R$ 6,8 mil com serviços de água e esgoto e energia elétrica, respectivamente às concessionárias Águas Guariroba e Energisa. Conforme a publicação, serão pagos R$ 50 mil à empresa Sultran Transportes Rodoviários Ltda. pelo serviço de mudança e transporte de materiais diversos da Câmara, incluindo carga e descarga, montagem e desmontagem, embalagem e desembalagem.

Outros R$ 116,5 mil serão pagos à Meta Construtora Ltda. pela instalação de rede elétrica, rede lógica, rede de telefonia, câmeras de monitoramento e link de internet no prédio da Casa de Leis. Já a aquisição de 12 novos aparelhos de ar-condicionado split, com capacidade de refrigeração de 80 mil BTUs, custará R$ 80,8 mil aos cofres do Legislativo municipal.

A Câmara também divulgou o pagamento de R$ 324,8 mil à empresa Prime Suprimentos e Equipamentos de Informática Ltda. pela prestação de serviços, sob demanda, de locação de equipamentos e softwares. Enfim, tudo é possível quando o dinheiro não sai do próprio bolso dos vereadores, mas sim dos bolsos dos contribuintes. Não é de se estranhar que, daqui uns dias, também seja publicado no Diário Oficial os gastos com móveis novos, vasos chiques e caros, entre outros mimos.