Durante prisão, Minotauro usava 2ª identidade falsa em festa regada a bebidas caras e mulheres

Preso ontem (04) em Balneário Camboriú (SC) por agentes da Polícia Federal de Itajaí (SC), o narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Netto, mais conhecido como “Minotauro”, estava portando a 2ª identidade falsa obtida no Paraguai e participava de uma festa em um apartamento de luxo regada por bebidas e mulheres.

Segundo a Polícia Federal, ele foi capturado quando estava aproveitando seus últimos dias de férias antes de retornar para a fronteira. Considerado o novo “patrão” da fronteira do Paraguai com o Brasil, onde trava uma guerra pelo controle do tráfico de drogas e armas com o clã do também traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, já preso e cumprindo pena no Brasil, Minotauro estava em um apartamento de luxuoso no resort Marina Beach Towers, em Balneário Camboriú (SC).

A Polícia Federal surpreendeu-o quando ele participava de uma festa com um grupo de mulheres, enquanto seus comparsas descansavam em outro apartamento de luxo na mesma cidade turística. Minotauro era procurado por tráfico de drogas e uma série de crimes que ele é acusado no Brasil, onde ele é considerado o principal aliado do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).

No Paraguai, o capo brasileira subornou a Polícia Nacional, o que lhe proporcionou uma carteira de identidade falsa em nome de Celso Matos Espindola, supostamente nascido em 1982 e que vivia na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Quando essa identidade foi descoberta, Minotauro simplesmente retornou para pagar a Polícia Nacional, que então lhe deu outro documento em nome de Wenceslao Rojas, supostamente nascido em 1967 e residente em Horqueta.

A manobra foi descoberta porque, apesar da alteração do nome na identidade, de Celso Matos Espindola para Wenceslao Roja, permaneceu o mesmo número de identificação – 7728257. Além disso, para piorar, os policiais que fizeram a nova identidade para Minotauro esqueceram de apagar que Wenceslao Roja tinha problemas com a Justiça, o que motivou a operação da PF para verificar quais pendencias seriam essas.

O clã do pavão

Minotauro foi um colaborador próximo do então “patrão” da fronteira, Jorge Rafaat Toumani, o “Rei da Fronteira”, que foi assassinado em 2016, em Pedro Juan Caballero. O narco preso ontem era um personagem menor do submundo da fronteira até que ele decidiu aproveitar a oportunidade para virar o novo “patrão” quando foram presos no Brasil Elton Rumich Leonel da Silva, o “Galã”, e Jarvis Chimenes Pavão.

Com esse cenário, Minotauro começou a matar todos os tentáculos de Jarvis na região, como a advogada Laura Casuso. Em seguida, ele tentou remover o sobrinho de Pavão, Pedro Chimenes da Luz, também conhecido como Pedrinho, e finalmente conseguiu finalizar o tio de Pavão, o político Francisco Chimenes, conhecido como Chico.