Droga de primeira: Produtores de maconha usam irrigação e estufa para melhorar qualidade

Os agentes especiais da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) descobriram uma nova forma de produção de maconha em assentamentos do país. Eles encontraram nos assentamentos Maracaná, no Departamento de Canindeyú, maconhas sendo produzidas em estufas com irrigação e transportadas em tambores.

Segundo o promotor de Justiça Jorge Romero, essa nova modalidade de cultivo da droga foi descoberta nos lotes 6º, 7º e 9º do Assentamento Maracaná. No primeiro lote, foram encontrados cinco hectares de maconha já em fase de colheita. No mesmo, ainda foram encontrados sete tambores, contendo 40 quilos cada um.

Ele relatou que no segundo lote foram apreendidos 2.500 quilos de maconha sob uma estufa improvisada no estágio de secagem e 12 tambores de 40 quilos em casulo, totalizando 480 quilos de produção ilegal. No terceiro lote, foram encontrados 6.000 quilos da droga, todos foram destruídos.

Segundo o promotor de Justiça, os três lotes tinham sistema de irrigação e poço artesiano construído com grandes reservatórios, e, assim, ter uma boa qualidade, além de acelerar o processo de conclusão e posterior comercialização. “Estamos descobrindo isso graças a um bom trabalho em coordenação”, disse.

 

Uma mulher foi presa

Durante a operação, que começou na manhã de quarta-feira (21), uma mulher foi presa porque morava em uma casa localizada dentro de um dos lotes. Trata-se de Antolina Aquino Silva, que foi transferida para Curuguaty pelo promotor interino.

O promotor explicou que, após as investigações feitas pela área, conseguiu obter informações de que há pessoas que pagam 20 milhões de guaranis aos proprietários de cada propriedade para cultivar em sua propriedade.

Ele disse que os produtores recorreram a tecnologias para acelerar o processo de entrega aos empregadores.