Desse jeito não vai sobrar ninguém por lá: Pistoleiros executam na fronteira o “Milionário do WhatsApp”

O paraguaio Felipe Iván Díaz Villalba, de 36 anos, mais conhecido como o “Milionário da WhatsApp” por se gabar de sua fortuna nas redes sociais, foi executado, ontem (12), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), por pistoleiros enquanto se exercitava em uma academia próxima de sua residência.

A academia estava localizada a poucos metros da casa do “Milionário do WhatsApp”, na Rua Cerro Corá, no Bairro Mariscal Estigarribia, em Pedro Juan Caballero. De acordo com as informações da Polícia do Paraguai, ele foi surpreendido por um dos pistoleiros que entrou na academia de forma sorrateira e sem dizer nada disparou a pistola calibre 9 mm.

Felipe Díaz recebeu ao todo 17 disparos de pistola calibre de 9 mm, o que lhe causou morte instantânea. Uma vez executado o assassinato, o pistoleiro saiu do local e fugiu na garupa de uma motocicleta que lhe aguardava no exterior da acadêmica e que era pilotada por seu cúmplice.

Vida do crime

Ainda de acordo com a Polícia, o “Milionário do WhatsApp” recentemente deixou a prisão, depois de ter sido preso em 12 de novembro do ano passado junto com seu irmão, Fabio Díaz Villalba durante uma operação policial em Pedro Juan Caballero. Ele e o irmão seriam membros de uma organização criminosa que, durante décadas, traficava maconha para o Brasil, mas, ultimamente, estava atuando no tráfico de armas pesadas.

Felipe Iván Díaz ganhou notoriedade mostrando dinheiro e todos os tipos de luxos por meio do serviço de mensagens instantâneas – WhatsApp – razão pela qual ele adquiriu o apelido. Os agentes da Polícia iniciaram a investigação do crime, embora tudo aponte para um ajuste de contas entre narcotraficantes.

Rapinagem

O procurador de Justiça Armando Cantero informou que, após ter sido executado por pistoleiros, o corpo do “Milionário de Whatsapp” foi alvo de “rapinagem” praticada pelos próprios familiares da vítima. Ele ficou impressionado com o fato de os próprios parentes terem roubado os pertences do narcotraficante logo após seu assassinato, não esperando nem a chegada da Polícia.

“A academia fica muito perto da residência da vítima e, após os familiares ficarem sabendo do crime, correram até o local, onde começaram a pegar os pertences pessoais do falecido. Neste caso, estamos falamos de aparelho celular de última geração, joias de ouro, relógio de marca e até sua carteira. Quando chegamos, não tinha nada com ele. O irmão foi entregar depois a carteira para os agentes, mas somente com os documentos, pois o dinheiro já tinha sido retirado”, revelou.