Descoberto plano de resgate de 12 brasileiros que estão presos no Paraguai com drogas e granada

A Polícia Nacional do Paraguai conseguiu abortar, nesta sexta-feira (31), suposto plano de resgate de 12 brasileiros e um paraguaio presos com drogas e até uma granada em Capitán Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com Coronel Sapucaia (MS). Com o grupo, foram apreendidas duas escopetas calibre 12, granadas de mão, cinco rádios comunicadores, cartuchos de munição de diferentes calibres, uma caminhonete Mitsubishi, um Fiat Adventure, uma caminhonete GM S10 e mais de duas toneladas de maconha.

Após os serviços de inteligência da Direção de Investigações Criminais de Casos Puníveis da Polícia Nacional do Paraguai obter informações de um plano de resgate, o diretor de Ordem e Segurança Cidadã, Silvino Cantero, ordenou, de forma preventiva, reforçar com um número maior de policiais a comissária policial da localidade a fim de evitar o resgate.

Os presos foram identificados como Cícero Marcos Silva de Sousa, de 44 anos, Marcelo Sander Costello e Cleiton Nunes Sapucaí, que não tiveram a idade revelada, Mateus Enrique Cornele, de 30 anos, Wilson Fabiano Martin López, de 21 anos, Anderson Junior Giacomin, de 31 anos, Eduardo Marques Mendoza, de 30 anos, Francisco da Chaga Cena, de 23 anos, Rafael Carvalho Macena da Silva, de 24 anos, Velinton Richar Neres da Costa Ondoña, de 26 anos, Michael da Silva, de 32 anos, Anderson Moraes Pereira, de 23, e o paraguaio Salustiano Nuñez, também de 44 anos.

Segundo informações, os serviços de inteligência da unidade policial teriam detectado uma mensagem enviada por integrantes da quadrilha aos presos escrito em um prato descartável, situação que gerou o alerta imediato nas dependências da comissária quarta da cidade de Capitán Bado, onde foram deslocados vários policiais da tropa de elite da Polícia Nacional do Paraguai.

O caso movimentou as autoridades do Departamento de Amambay, que possivelmente determinará o encaminhamento dos presos para a Penitenciária Regional na cidade de Pedro Juan Caballero e, posteriormente, a expulsão e entrega dos brasileiros às autoridades do Brasil.

As investigações que culminara com a prisão começaram depois da execução de seis jovens na madrugada do dia 22 de maio em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), quando um bebê ficou ferido de raspão por um disparo. Ele foi levado ao hospital regional da cidade, onde, após receber atendimento médico, foi liberado. Cinco homens, uma adolescente de 16 anos e o filho dela, de 1 ano e 11 meses, estavam sentados em frente a uma residência, por volta das 0h30, quando um Jeep se aproximou e parou no local.

Seus ocupantes fizeram vários disparos de fuzil calibre 5.56 e pistola 9 mm contra o grupo, fugindo em seguida. Os cinco homens e a adolescente morreram na hora. Eles foram identificados como Sergio Diosnel Cabrera Benítez, 20 anos, Alcides Alexis Ayala, 26 anos, Pedro Valdez Sánchez, 36 anos, Luciano Medina Melgarejo, 20 anos, e Liz Noelia Cabrera Benítez, 16 anos. A motivação do crime ainda não foi descoberta pela Polícia.