Deputados querem férias para fazer campanha! Proposta esdrúxula de Corrêa não colou. Vai vendo…

O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), candidato à reeleição, deu um tiro no pé, e de bazuca, uma semana antes das eleições gerais. O “nobre” parlamentar foi o autor da ideia de solicitar uma semana de “férias coletivas” para ele e seus pares cuidarem das respectivas campanhas eleitorais.

Na Assembleia Legislativa, 20 dos 24 deputados estaduais são candidatos à reeleição – apenas Antonieta Amorim (MDB) e Grazielle Machado (PSD) não são candidatas a nada, Beto Pereira (PSDB) é candidato a deputado federal e Júnior Mochi (MDB) é candidato a governador. Porém, com a repercussão negativa da solicitação, Paulo Corrêa recuou da proposta de cancelar as três sessões da próxima semana, nos dias que antecedem a eleição de 7 de outubro.

Primeiro, o pedido feito pelo deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), teve boa recepção na Assembleia e o presidente da Casa de Leis, deputado Junior Mochi (MBD), ia consultar os líderes do partido. Mochi é candidato ao governo do Estado. Diante da repercussão negativa na sociedade, Corrêa, autor da proposta na última quinta-feira (20), voltou atrás na sessão de ontem (26).

Ele explicou que retirou a proposta devido às más interpretações. “Sou um deputado assíduo, participo da maioria das sessões e estavam colocando que teríamos férias. Não era essa a nossa intenção, por isso retiro a proposta. Se outro deputado quiser, que coloque de novo na pauta”, afirmou, reclamando da falta de quórum para apreciação de matérias.

Na sequência, nenhum parlamentar se manifestou e Mochi, que presidia a sessão, informou que a proposta foi retirada. Na quinta-feira, Corrêa tinha justificado que a Câmara Federal e o Senado cancelaram as sessões nas duas semanas que antecedem as eleições.

Desde o começo da manhã de ontem, o tom dos deputados era de recusa à proposta, em uma análise que era melhor conciliar as sessões com a campanha eleitoral para evitar desgaste desnecessário. Cada deputado tem salário de R$ 25.322,25. Portanto, três dias de trabalho equivalem a R$ 2.532 para cada parlamentar.

As sessões são às terças, quartas e quintas-feiras. Eles ainda têm direito à verba indenizatória de até R$ 30 mil para custear gastos como gasolina e material para o gabinete. Ao todo são R$ 89 mil para pagar os funcionários. Em média, cada deputado emprega de 20 a 24 pessoas.