Deputado Beto Pereira: de ‘campeão’ de votos a ‘campeão’ de ações na Justiça com 25 só em Terenos

Bacharel em Direito e empresário, o deputado estadual Beto Pereira (PSDB) se apresenta como personificação do novo político sul-mato-grossense: jovem, antenado com os anseios do povo, bem articulado e preocupado com as questões sociais da população. Filho do ex-deputado federa, ex-senador da República, e um dos ícones do velho PMDB, Valter Pereira, que ficou no cargo de 2003 a 2011 e ficou conhecido por ter privatizado a antiga concessionária de energia elétrica do Estado, a Enersul.

Hoje, Beto desfila ao lado de personalidades ‘carimbadas’ do Estado em busca de uma cadeira na Câmara Federal…mas, tem jogado duro com os aliados, principalmente os mais ligados do governador Reinaldo Azambuja, o que tem despertado certo incômodo na cúpula tucana que já sinalizou encontro para acertar os “ponteiros”.

Analisando, a realidade é bem outra. O ex-prefeito de Terenos, eleito em 2004 e reeleito em 2008 com mais de 70% dos votos, e atual deputado estadual, eleito em 2014 com 27.182 votos, foi um campeão de votos nas eleições que disputou, mas agora ele também pode ser considerado um campeão de ações na Justiça, tanto no município que administrou, quanto no atual onde está mantendo residência.

Uma consulta simples ao site do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pelo nome do “nobre” político, Humberto Rezende Pereira, revela as 27 ações que ele responde nas Comarcas de Terenos e de Campo Grande.

 

O que se percebe nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, é que o “nobre” parlamentar aparentemente não é adepto de procedimentos licitatórios, pois tinha o costume de firmar contratos com fornecedores escolhidos ao seu bel prazer, contrariando os princípios da Administração Pública, que prezam pela probidade com os recursos públicos, o que acabou onerando os cofres do município, pela falta de concorrência.

Na Comarca de Terenos, na maioria das ações que Beto Pereira responde, ele é acusado de improbidade administrativa, dano ao erário e enriquecimento ilícito.

Esse é o trecho de uma ação movida pelo Ministério Público que pede a condenação de Beto Pereira por ato de Improbidade Administrativa, além de ressarcimento dos danos causados aos cofres do município de Terenos.

Segundo o Promotor de Justiça a obra é totalmente irregular por ter sido realizada sem procedimento licitatório, além de ter sido superfaturada.

Além não ter realizado o processo licitatório, o então Prefeito Beto Pereira, simplesmente não enviou ao Tribunal de Contas do Estado os documentos para prestação de contas da obra superfaturada. Qual motivo?

Uma das ações que Beto Pereira responde na Comarca da Capital é justamente uma Execução Fiscal, originada a partir de multas impostas pelo Tribunal de Contas do Estado no valor de pouco mais de doze mil reais. Isso porque o TCE reprovou suas prestações de contas da época em que foi Prefeito de Terenos. Essa condenação do TCE levou o “nobre” parlamentar a ter que parcelar em suaves prestações o valor das multas aplicadas, acrescido de juros por conta do parcelamento.

Com a palavra o nobre deputado!