Defesa de narcotraficantes Pavão inicia no Brasil processo para solicitar liberdade condicional

A defesa do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que está cumprindo pena em Assunção, capital do Paraguai, iniciou os procedimentos para buscar a liberdade condicional do seu cliente no Brasil quando ele for extraditado para o País. O primeiro passo nesse sentido foi dado com a solicitação junto à Justiça do país vizinho para que Pavão seja liberado para fazer um tratamento de saúde em uma clínica privada de propriedade de seu médico de família.

Nesta quarta-feira (25/01), tendo em conta os relatórios médicos de que Pavão pode sofrer morte súbita, a promotora de Justiça Celia Beckelmann recomendou à juíza Lourdes Scura a internação do narcotraficante brasileiro na clínica, mas sob um forte esquema de segurança para evitar uma possível fuga. O advogado Jorge Prieto confirmou que a defesa apresentou, perante às autoridades judiciais, o recálculo da pena de Pavão, que seria de 17 anos e 8 meses, para que possa solicitar a liberdade condicional.

 O defensor justifica que seu cliente já ficou preso no Paraguai por sete anos e um mês, uma situação que permite que ele seja beneficiado pelas autoridades brasileiras com liberdade condicional. “No Paraguai, ele tem de cumprir sentença de 8 anos de prisão, faltando apenas 11 meses para que ela seja cumprida. Portanto, há uma possibilidade legal e processual que seja calculada a privação de liberdade que ele está tendo no Paraguai, permitindo que meu cliente possa requisitar a liberdade condicional no Brasil”, afirmou.

Ele explica que no Brasil há o sistema progressivo de pena, possibilitando que o condenado possa requisitar liberdade condicional após cumprir um terço do total da pena. “Então, hoje, sem mesmo ter de ser extraditado, como aconteceu em outros casos tratados nos tribunais, ele pode ser beneficiado com a condicional do governo brasileiro”, detalhou.

 Enquanto isso, a defesa aumenta seus esforços para obter o direito de internar Jarvis Chimenes Pavão na Clínica La Veró, em Herrera. O advogado Jorge Prieto disse que a clínica é de propriedade do médico Aurelio Espinola Caballero, que já é médico particular do seu cliente e um dos integrantes da junta médica que recomendou a hospitalização urgente de Jarvis para o estudo e tratamento da isquemia cerebral e apneia do sono.