De olho em 2022, Puccinelli vai recorrer de condenação que o deixa inelegível por 5 anos

O rio não está para peixe para o ex-governador André Puccinelli (MDB). Depois de ter o julgamento marcado pelos crimes de uso irregular de recursos públicos descobertos pela Operação Lama Asfáltica, agora o italiano foi condenado pelo juiz Lucas Medeiros Gomes, da 1ª Vara Federal de Campo Grande, a pagar multa de R$ 254,4 mil por coagir funcionários comissionados nas eleições de 2012 e ainda teve os direitos políticos suspensos por cinco anos não podendo celebrar contrato nem receber incentivos do poder público por três anos.

No entanto, de olho nas eleições para o Governo do Estado em 2022, André Puccinelli já avisou que vai recorrer da condenação por improbidade administrativa que suspendeu seus direitos políticos por cinco anos. O prazo para que ele fique inelegível só começa a correr após o trânsito em julgado (quando não cabem mais recursos contra a condenação) e, de acordo com nota à imprensa divulgada pelo MDB, a decisão da 1ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande “não torna o ex-governador André Puccinelli inelegível, visto que existem recursos cabíveis que serão apresentados em momento oportuno”.

O partido, que pretende lançar a candidatura de Puccinelli a governador no ano que vem, informa que confia na Justiça e a verdade dos fatos prevalecerá, com consequente absolvição. Ainda segundo a nota, a reunião que resultou na condenação já foi apreciada pela Justiça Eleitoral, que inocentou o político. “O MDB reafirma a sua plena confiança na integridade moral do ex-governador André Puccinelli e na sua consequente e definitiva absolvição nas instâncias recursais”.

O ex-governador foi condenado por episódio das Eleições 2012, quando reuniu servidores e prometeu “girotear”. Na ocasião, ele apoiava a candidatura de Edson Giroto à prefeitura de Campo Grande. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), vídeo mostra que Puccinelli convocou reuniões em que coagia servidores comissionados a votar em candidatos de sua coligação.

A 1ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande determinou a suspensão dos direitos políticos de André por cinco anos, além de pagamento de multa de 10 vezes o valor do salário que recebia no cargo. Na prática, André Puccinelli corre o risco de sofrer o mesmo desgaste dos adversários históricos, como o ex-prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), ou seja, de perder eleitores com o boato de que os votos podem ser anulados porque está inelegível.

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