Comerciantes paraguaios temem que fronteira seja novamente fechada às vésperas do feriadão

Desde ontem (06), caminhões do Exército do Paraguai estão sendo vistos com vários soldados circulando pelas principais ruas de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), e o temor dos comerciantes paraguaios é de que o Governo volte a fechar a fronteira seca com Mato Grosso do Sul.

Apesar de oficialmente ainda fechada, hoje o fluxo de pessoas entre Mato Grosso do Sul e a cidade paraguaia segue livre, com os militares do país vizinho fazendo a popular ‘vista grossa’ para quem por ali passa. A situação, com a Covid-19 por ora com números controlados, é vista com bons olhos para quem já se acostumou a viver nos dois lados.

Um texto em espanhol do jornal paraguaio “Ultima Hora” sobre o possível endurecimento da fiscalização se espalhou, revelando que o trabalho ali só foi afrouxado para ajudar as buscas pelo ex-vice-presidente Oscar Denis, sequestrado.

Porém, como as buscas teriam sido abandonadas, a matéria diz que o controle de pessoas na fronteira voltaria a ser feito com rigor, inclusive com reinstalação das cercas de arame farpado que estavam dividindo a fronteira.

No entanto, não há nenhuma confirmação de que haverá endurecimento da fiscalização, o que iria contra recente acordo entre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez, que por telefone entraram em acordo e prometeram liberar a fronteira antes do dia 15 de outubro.

Como cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, os comerciantes, principalmente os das grandes lojas, como Shopping China, Studio Center, Outlet, estão preocupados. Afinal, eles acabaram de reabrir as portas depois de seis meses fechados e o fluxo de turistas de compra do Estado tem sido impressionante, ajudando na recuperação das vendas.