Com a corda no pescoço, comerciantes paraguaios vão apresentar plano de reabertura da fronteira

A crise econômica provocada pelo fechamento da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul para combater o avanço da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19) já esticou a corda até onde foi possível para os comerciantes que sobrevivem do turismo de compra de importados por parte dos brasileiros.

De olho na reabertura desse importante filão, o presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), Victor Barreto, vai entregar, no próximo dia 9 de junho, um projeto de reabertura da fronteira para três ministros do país vizinho que vão visitar a cidade fronteiriça.

Segundo o empresário, a intenção é sensibilizar as autoridades paraguaias com esse projeto de reabertura flexível da fronteira, que consiste na unificação de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã em relação às medidas sanitárias para evitar a disseminação da Covid-19.

No início desta semana, os empresários chegaram a fazer uma simulação de barreira para entregar mercadorias compradas pelas redes sociais aos consumidores do lado brasileiro, enquanto a fronteira não é reaberta.

Além disso, os comerciantes também realizaram uma carreata, dos dois lados da fronteira, para pedir a reabertura da fronteira. Os acessos dentre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero estão bloqueados por militares e cerca de arame farpado.

Caso essa última tentativa não surta resultado junto ao Governo do Paraguai, a Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero projeta que cinco mil empresas podem fechar as portas. Os estabelecimentos comerciais reabriram no dia 25 de maio, mas, com a fronteira fechada, não podem vender para o lado brasileiro.