Chacina na fronteira: Três suspeitos de matarem 6 e ferirem um bebê com tiros de fuzis são presos

Três pessoas foram presas ontem (22/5) por suspeita de envolvimento na chacina que matou seis pessoas e deixou bebê de pouco mais de um ano ferido na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS). O crime ocorreu por volta de 0h30 de ontem no Bairro Jardim Aurora.

O trio estava em uma caminhonete blindada e Ariel Vargas, Gregorio Vargas e Osmar Cardozo teriam participado dos assassinatos. Pouco antes da prisão, a polícia do país vizinho realizou rondas em propriedades rurais da região e encontraram um rifle e várias outras armas.

Informações preliminares apuradas pela imprensa paraguaia apontam que parte dos mortos no atentado teriam feito parte do grupo liderado pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que cumpre pena no Brasil.

O mandate seria um dos comandantes de facção criminosa brasileira que atua na fronteira, identificado como Edison Salinas, o ‘Ryguasu’, que ocupa atualmente o lugar deixado por Ségio Arruda Quintilano Neto, o Minotauro.

O caso

Seis pessoas foram assassinadas durante atentado ocorrido na madrugada desta quarta-feira em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com o Brasil através de Ponta Porã.

Os suspeitos chegaram veículo e iniciaram o massacre. Os pistoleiros realizaram vários disparos de fuzil do calibre 5.56 e pistola do calibre 9 mm em direção as vítimas identificadas como Diego Gustavo Bullon Cabrera, 24, Sergio Diosnel Cabrera Benítez, 20, Alcides Alexis Ayala, 26, Pedro Valdez Sánchez, 36, Luciano Medina Melgarejo, 20, o “Luchi” e Liz Noelia Cabrera Benítez, 16.

 

Buscas

A Polícia Nacional do Paraguai realiza, na manhã de hoje (23), buscas em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), como parte das investigações sobre a chacina de seis pessoas na madrugada de ontem (22).

O chefe do Departamento de Investigação do Amambay, Rafael González, confirmou a realização das buscas. “O juiz Sandy Lopez lidera as tarefas e estamos em um trabalho conjunto entre todas as instituições para enfrentar esse fato”, acrescentou.

Por outro lado, também ressaltou que ontem começaram as averiguações das imagens do circuito fechado da zona de crime e que podem identificar o veículo que foi usado, uma SUV Santa Fé, da Hyundai. Ele explicou que as imagens não são muito claras, mas é possível ver aos 0:37 segundos que o veículo se aproxima da cena do crime e descem pelo menos três pessoas disparando armas de fogo.

Ele indicou que os assassinos usaram duas armas brancas e uma arma curta, o que faz presumir que três pessoas atacaram as vítimas que estavam sentadas na calçada quando foram emboscadas. “É uma das hipóteses mais válidas que estamos considerando. Temos vários itens também para apoiar essa hipótese”, disse, informando que a matança também poderia estar relacionada a um conflito entre os grupos rivais do clã do narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão e a facção criminosa brasileira Primeiro Comando de Capital (PCC).